Setor de marketplace cresceu 3% no Brasil em 2022, aponta levantamento
Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico analisa os últimos 12 anos, constatando ampliação significativa nesse mercado a partir de 2015; em 2020, foi registrado crescimento de 67%
Em 2022, o setor de marketplace no Brasil cresceu 3% em relação ao ano anterior, totalizando 135,6 bilhões em vendas. É o que mostra um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). A análise compreende o período entre 2010 e 2022, com informações ano a ano sobre o share de faturamento, vendas no país e o percentual de crescimento ao longo dos anos. Em 2021, foi registrado crescimento de 8%, com valor total de 117,6 bilhões em vendas. O share de faturamento dessas plataformas tem aumentado constantemente, chegando a 80% em 2022.
Nota-se crescimento significativo do setor, principalmente de 2015 em diante. Nos últimos anos, 2020 se destacou – nesse ano, constatou-se aumento de 67% em comparação com 2019, totalizando R$ 91,04 bilhões em vendas. Em 2010, eles representavam 8% do faturamento total, somando R$ 1,35 bilhões em vendas. Nos anos seguintes, houve alta contínua, atingindo 43% do faturamento em 2019, com R$ 38,68 bilhões em vendas. Esse aumento pode ser explicado, em parte, pelo desenvolvimento do comércio eletrônico durante a pandemia de covid-19, na medida em que as pessoas buscaram alternativas seguras para realizar suas compras.
As plataformas de marketplace ganham cada vez mais relevância quando se trata de varejo online. O recuo nos últimos dois anos pode ser atribuído, entre outros motivos, ao fato de que o mercado brasileiro está se consolidando com grandes players, como Mercado Live, B2W, Amazon e Magalu.
“Alguns fatores que contribuem para esse crescimento do setor de marketplace no Brasil são a comodidade e a praticidade que essas plataformas oferecem aos consumidores, que podem encontrar diversos produtos em um só lugar, além de comparar preços e condições de pagamento. Para os comerciantes, eles são uma alternativa para expandir os negócios sem precisar investir em uma estrutura própria de e-commerce”, destaca Alexandre Crivellaro, diretor de inteligência de mercado da ABComm.
Fonte: ABComm