Objetos inteligentes: empresas apostam em produtos de R$ 99
A questão do preço é ponto importante na visão das marcas. A Semp TLC, por exemplo, já oferece a opção de controle com comando de voz desde a opção mais barata de TV LED em 32 polegadas. Kléber Carante, diretor de Vendas da marca, conta que a implantação do Google Assistente e Amazon Alexa permitem experiência de controle de diversos artigos da casa, como luminárias, cortinas, além das buscas no Google e até compras online pela TV através do Amazon.
Tecnologia parecida é desenvolvida pela Positivo, que lançou o conceito de “Casa Inteligente” com linha de produtos que permite uma conexão disruptiva. O gerente desta área na empresa, José Ricardo Tobias, revela que o objetivo é popularizar a oferta entre a classe média, com oferta de produtos com preço inicial de R$ 99 por uma lâmpada conectiva ao Google Assistente. “Essa democratização já está acontecendo. Uma série de soluções em segurança, conectividade e conforto de forma simples”, conta.
Seguindo a mesma linha, a LG lançou a público a Nanocell TV LED. Com tecnologia Full Array Local Dimming, o produto promete melhor som e imagem, além de rápida navegação com o processador Alpha7 atualizado com a geração 2. A Deep Learnig, inteligência artificial da marca, e a LG ThinQ AL, uma assistente pessoal, contam com parceria com o Google.
As novidades tecnológicas envolvendo as TVs vêm depois que o fechamento das vendas fechou em baixa no primeiro semestre de 2019 em comparação com igual período de 2018, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). As 6,4 milhões de unidades vendidas representam queda de 16% na comercialização.
No Ceará, comenta que a questão logística é ponto a ser debatido, pois o preço do frente no Estado teve alta de 180% em alguns casos desde o ano passado, o que onera as empresas. Apesar da crítica, acredita que o Ceará teve sua capacidade de competitividade aumentada com as melhorias no Aeroporto de Fortaleza, com reforma e novas rotas, e a parceria entre o Porto do Pecém e o Porto de Roterdã.
Dados do setor
O setor de eletroeletrônicos gerou, em 2018, 150 mil empregos, segundo dados da Eletros. Para 2019, o presidente da associação, Jorge Nascimento, estima número parecido na geração de postos de trabalho. As 30 empresas que fazem parte da Eletros – incluindo três sediadas no Ceará: Esmaltec, Wap e Mallory – pagaram R$ 20 bilhões em impostos no ano passado, estimou o Nascimento.
Robótica
O representante da Trezor e Padbot, Dilceu Júnior, comenta que a introdução da robótica no País tem grande potencial. Com robôs de entretenimento com tecnologia chinesa, ele comenta que trabalham em torno de aplicativos que permitem grande possibilidade de atuação. “Um médico nos procurou querendo um robô que realize um primeiro atendimento na sua clínica médica. Muitas pessoas estão curiosas para entender como podem servir e a aceitação é boa”, revela.
A feira
O CEO do Grupo Eletrolar, organizadora do evento, Carlos Clur, comenta que o evento deve trazer ainda mais novidades até o fim da feira, na quinta-feira, 1º de agosto. São esperados 26 mil participantes para observarem 10 mil produtos de 700 marcas no evento.
Correio 24 horas – O jornalista viajou a convite da Eletrolar Show