Entrevistas
Avanços significativos foram obtidos na economia em 2019, mas não suficientes para colocar o Brasil na rota do crescimento sustentável e situá-lo como polo atrativo para investidores. A aprovação da reforma da Previdência foi particularmente vitoriosa, há mais de duas décadas ela vinha sendo discutida. Da mesma forma merecem elogios a manutenção da inflação em bons índices e a baixa taxa de juros. Esses, porém, são apenas alguns passos para um país sólido.
Base sólida é essencial ao Brasil
No segundo semestre de 2019, desencontros dentro do próprio governo parecem ter arrefecido o ímpeto reformista. Sobre a reforma tributária muito se discutiu e nada se resolveu, a administrativa ainda será apresentada, e a recuperação da atividade econômica segue lenta, impossibilitando amenizar o problema do desemprego. O ano poderia ter sido melhor se o corporativismo não tivesse influído nas privatizações e reformas.
Em 2020, é preciso agir para o País não perder o embalo da modernização. O governo tem o apoio das empresas e de quase todos os setores da sociedade para seguir com as reformas estruturais, que incluem menos burocracia e podem sedimentar o terreno para o aumento dos investimentos, da produção e do consumo, mostram os depoimentos do Especial Presidentes, da revista Eletrolar News.
Paralelamente, o Brasil precisa avançar no quesito produtividade. Para atender às exigências e necessidades dos tempos atuais, não há escapatória, é preciso investir em setores como infraestrutura, incluindo portos e aeroportos, logística, inovação e capacitação. Políticas de inovação, sempre vale lembrar, democratizam a tecnologia, qualificam e ampliam as oportunidades nos mercados interno e externo.
ACER
“A Acer espera crescer pelo menos 5% em relação a 2019.”
A empresa classifica 2019 como muito positivo. “No primeiro semestre, lançamos notebooks e monitores e apresentamos nossas soluções para a educação. Tivemos lançamentos internacionais de peso, como a linha ConceptD, para os criadores de conteúdo. Outro destaque foi o Swift 5, notebook de 14“, o mais leve do mundo. Em parceria com varejistas, o público testou em primeira mão a cadeira conceito Predator Thronos, que eleva a experiência gamer a novo nível, mergulha o usuário no jogo”, diz Germano Couy, general manager Latin America.
Investimentos estratégicos vem sendo feitos pela Acer no País, explica Germano. “A ideia é replicar grande parte dos lançamentos internacionais no mercado brasileiro, dando destaque às áreas de educação e gaming. Nosso objetivo é reduzir cada vez mais o prazo para o lançamento dessas novidades no mercado nacional, porém as exigências do PPB (Processo Produtivo Básico) fazem com que os lançamentos para o Brasil precisem de um tempo maior que a média de outros países.”
A empresa também investe no segmento de mobilidade, que é um dos que mais crescem no Brasil, com seus produtos 2 em 1, destacáveis, leves e ultrafinos. Outro ponto de destaque para 2020 é o uso de HD SSD, que garante ganho considerável de desempenho no notebook e o armazenamento cloud (nuvem).
Com projeção de crescimento de dois dígitos, o segmento gaming terá novidades da marca em monitores e acessórios. No ano, a Acer espera crescer pelo menos 5% em relação a 2019, conta Germano. “A alta do dólar foi um componente desafiador para a indústria de tecnologia e sua oscilação prejudica o planejamento interno. O ideal é que a moeda se estabilize.”
AND
“Em 2020, teremos crescimento de dois dígitos em relação a 2019.”
O ano de 2019 foi importante para o reposicionamento da empresa, diz seu presidente Lourenço Stangherlin. “Aproveitamos o momento de insegurança para alinharmos o nosso negócio com o consumidor e aumentar de forma significativa a nossa proposta de valor. O faturamento foi maior que o de 2018, porém com menos resultados.”
Para o presidente da AND, 2019 foi um ano de muita insegurança e instabilidade, no qual a empresa colocou em prova a sua adaptabilidade e o seu dinamismo. No entanto, como a economia teve avanços, ele acredita que 2020 será um ano de resultados.
Os maiores investimentos, este ano, serão direcionados ao trade marketing. “Vamos aprimorar os pontos de contato com o shopper e alinhar a nossa proposta de valor com o nosso consumidor. Também investiremos em pesquisa e desenvolvimento e planejamos, para janeiro de 2022, um lançamento disruptivo, que pretende ser um marco na inovação brasileira e no nosso mercado. Além disso, planejamos abrir novos mercados no Brasil e no exterior”, conta Lourenço.
Em 2020, a empresa lança uma paleta de cores que levará o nome de Classic Bakery e apresentará, ao longo do ano, uma série de novidades voltadas à confeitaria, ao churrasco e à gastronomia profissional. “Em 2020, teremos crescimento de dois dígitos em relação a 2019. Nossa empresa planeja dobrar o faturamento nos próximos cinco anos.”
ASUS
“2019 foi o ano em que mais lançamos produtos.”
O ano de 2019 foi de conquistas marcantes para a Asus Brasil. “Fizemos vários lançamentos de smartphones e retomamos com força nossa presença com notebooks no mercado brasileiro. No início do ano, lançamos o Zenfone Max Shot em parceria com a Qualcomm. Na metade de 2019, a nova linha de notebooks, Zenbook Vivobook, e, em outubro, dois grandes produtos: Zenfone 6 e o ROG Phone II. O faturamento foi maior em relação a 2018 porque retomamos o investimento no mercado de notebooks”, diz Manuel de Castro, diretor comercial da Asus.
No geral, 2019 foi desafiador para a economia brasileira, mas também teve oportunidades, afirma Manuel. “Foi o ano em que mais lançamos produtos e, com isso, aumentamos o portfólio e a presença da marca nacionalmente. A expectativa é que 2020 seja ainda melhor, com a nossa consolidação no mercado de notebooks e expansão para outros estados.” O projeto de vendas para outros estados começou pelo Nordeste, visando a parcerias com varejos regionais e para manter a presença nas grandes redes nacionais.
Em 2020, o foco global da Asus está nos notebooks. “A empresa enxerga uma oportunidade de crescimento em um setor no qual é reconhecida mundialmente e que vem apresentando estabilidade e crescimento em alguns momentos. Em smartphones, o posicionamento será na categoria premium, seguindo a linha global”, conta o diretor comercial.
A Asus acredita muito nos produtos com duas telas, que estão em alta, tanto em notebooks como em smartphones, e projeta crescer em 2020, com seu plano de expansão. Um fator que pode afetar os negócios de certa forma é o dólar, pois muitas peças são importadas, o que pode alterar os custos dos produtos. A torcida é pela estabilização da moeda.
ATLAS ELETRODOMÉSTICOS
“Os 70 anos da empresa vão abranger ações para os púbicos interno e externo. “
Em 2019, a empresa conquistou certificações e selos importantes, como a ISO 9001, conta Clovis Simões, diretor comercial da Atlas Eletrodomésticos. “Melhoramos os processos da nossa indústria, garantindo o seu crescimento sustentável. Adquirimos os selos Excelente Escolha e Melhor do Teste concedidos pela Proteste. E as nossas marcas Atlas e Dako possuem o selo RA 1000, que atesta o nível de excelência da central de atendimento ao consumidor no site Reclame Aqui. Isso reforça o desempenho da Atlas no mercado em que atua.”
O mercado de fogões, em 2019, não cresceu de modo expressivo em volume, na comparação com o ano anterior, mas em faturamento houve evolução devido à adesão do consumidor aos produtos com mesa de vidro, de tíquete médio mais alto. “O mercado built tem grande potencial, tanto em cooktops quanto nas opções de embutir, pois o cliente das linhas de entrada quer mais valor agregado e está indo para produtos intermediários. Isso justifica o sucesso do nosso line-up mesa de vidro, pertencente às linhas de entrada da empresa”, diz Clovis.
Para 2020 o prognóstico é de um cenário mais otimista, em volume e em faturamento, diz o diretor comercial. “Várias ações serão feitas em decorrência das comemorações dos 70 anos da Atlas Eletrodomésticos, focadas nos públicos interno e externo. Além disso, teremos lançamentos importantes de produtos das marcas Atlas e Dako.”
O ambiente é competitivo, na opinião da Atlas, e poderá ser mais ainda nos próximos anos com a entrada de novas marcas, o que também aumentará a pressão do varejo para trabalhar apenas com os produtos de alto giro e boa margem. Com line-ups campeões de vendas, a empresa tem modelos com performance de giro, margem e excelente relação custo-benefício.
AUKEY TECNOLOGY
“Esperamos crescimento de dois dígitos sobre 2019.”
A Aukey Tecnology é uma empresa da China que vem conquistando posições nos rankings de vendas em vários países e pretende ter o mesmo desempenho no Brasil, afirma seu diretor de marketing, Amaury Tezoli. “Em 2019, tivemos grandes obstáculos, mas a nossa presença na Eletrolar Show foi muito positiva e nos deu novas perspectivas com o avanço nas negociações com clientes e fornecedores.”
Embora os obstáculos tenham sido muitos, a empresa teve faturamento maior em 2019 em relação ao ano anterior. Isso se deveu aos lançamentos de produtos e à conquista de novos mercados. O dólar mais alto inibiu o comprador e o consumidor. Para a empresa, o valor ideal seria entre R$ 3,00 e R$ 3,20.
No ano passado, a economia ainda ficou muito retraída, conta o diretor de marketing da Aukey Tecnology. “Ela deu sinais de melhora no último trimestre, mas, para 2020, a expectativa é bem alta devido ao nível de confiança nos movimentos que o País vem fazendo para avançar. Esperamos crescimento de dois dígitos sobre 2019.”
Para este ano, a empresa programa ações visando à fixação das marcas Aukey, Aicook e Naipo. Serão feitos muitos lançamentos de eletrônicos, eletroportáteis e itens de beleza e saúde. “São Produtos que, além da qualidade e do design, vão apresentar muita tecnologia, praticidade e inovação”, garante Amaury.
BEDINSAT
“O mercado de energia solar está muito aquecido, o que acaba movimentando todo o portfólio da empresa.”
No balanço de 2019, a empresa destaca a importância de sua participação na Eletrolar Show. “A feira é um excelente evento, onde buscamos novas parcerias e maior visibilidade dos nossos produtos e lançamentos”, diz Sônia Flores, gerente comercial nacional da BedinSat.
“Em 2019, mesmo diante das adversidades do mercado e da alta do dólar, conseguimos avançar com os novos projetos para 2020”, conta a gerente. Para 2020 o objetivo é o lançamento da Bedinsolar para o segmento de energia fotovoltaica, a energia limpa e renovável.
“Os investimentos estão voltados para este mercado, onde estamos aprimorando a plataforma Bedinsolar para que nossos clientes possam desenvolver seus projetos com todo o nosso suporte. Estamos desenvolvendo a produção das estruturas e fazendo a importação direta dos painéis solares e inversores com a marca Bedinsolar. No ano, também haverá investimentos para o mercado de antenas digitais, receptores Sat HD e telefonia rural com roteador Wi-FI”, relata Sônia.
Em tendências no seu mercado de atuação, a empresa destaca o receptor Sat HD Regional BS 9900 e o telefone celular de mesa com roteador WI-FI. A previsão é de crescimento em relação a 2019 devido aos novos produtos e ao novo segmento com a Bedinsolar. O mercado de energia solar está muito aquecido, o que acaba movimentando todo o portfólio da empresa.
BRITÂNIA
“Os novos ares na economia propiciaram expectativas otimistas em todos os setores.”
A empresa classifica 2019 como um ano muito positivo. “A Britânia busca constantemente se renovar para que seus clientes e consumidores encontrem, em uma marca, todas as soluções de que precisam. O sucesso dos lançamentos de nossas marcas faz com que tenhamos ainda mais determinação para continuarmos a construir uma relação de parceria e confiança com o varejo e com nossos consumidores”, diz a diretora-executiva, Cristiane Clausen.
O otimismo que a Britânia tinha, no início de 2019, foi fundamental para atuar com energia máxima, o que resultou em crescimento e conquistas ao longo de todo o ano, conta Cristiane. “Os novos ares na economia propiciaram expectativas otimistas em todos os setores.”
Para 2020, as perspectivas são tão positivas quanto as do ano passado. “Teremos ainda mais lançamentos, inovações nas linhas existentes e a entrada em novas categorias. Prevemos, também, triplicar os investimentos em mídia e comunicação 360°”, adianta a diretora-executiva.
Como os consumidores da era digital buscam sempre por novidades, a Britânia agilizou o processo de desenvolvimento e lançamento de produtos e o aliou à uma comunicação mais integrada. Sua expectativa é que este seja mais um ano positivo. A empresa, inclusive, se reorganizou internamente para minimizar o impacto do dólar.
CALOI
“O segmento representado pelas companhias do Polo Industrial de Manaus (PIM), cresceu mais de 18% em 2019.”
Faz balanço positivo de 2019, ano em que acelerou o ritmo de inovações nas marcas Caloi, Cannondale, GT e Schwinn, e ampliou a distribuição e a participação em segmentos-chave, como mountain bike e urbano. Também ampliou seu desenvolvimento de marcas com parceiros de OEM, como a rede Decathlon (Sporting Goods), e Yellow (modelo de bike sharing). “O faturamento cresceu duplo dígito em volume e receita. Representou a melhor marca de crescimento desde o início da crise, em 2014-2015”, diz Cyro Gazola, presidente da Caloi.
A empresa avalia a economia através dos resultados da indústria de bicicletas publicados pela Abraciclo. O segmento, representado pelas companhias do Polo Industrial de Manaus (PIM), cresceu mais de 18% em 2019, conta Cyro. “Os dados refletem melhoria da demanda estrutural do segmento, resultado de fatores como redução da taxa de juros e do desemprego, retomada de financiamentos e queda no endividamento dos consumidores.”
Em 2020, a Caloi quer aumentar as inovações, lançando bicicletas elétricas, urbanas, infantis, mountain bikes e de lazer. As mountain bikes aro 29 são uma tendência importante, e a marca continuará a investir em quadros de aço e de alumínio. “Outra tendência relevante é o segmento de bicicletas elétricas, que cresce exponencialmente no mundo e que, no Brasil, dependerá da combinação de novas tecnologias aliadas a preços acessíveis e garantia aos consumidores”, diz Cyro.
A Caloi estima que continuará com sólido ritmo de crescimento em 2020, mas o dólar terá papel relevante devido ao seu impacto na cadeia de fornecimento de matérias-primas e componentes, conta o presidente. “Um dólar de R$ 4,00 seria um valor equilibrado para a atual realidade da economia.”
COLORMAQ
“Nos últimos três anos, direcionamos os investimentos, pesquisas e desenvolvimento para antecipar o que o mercado deseja.”
Apesar do cenário econômico e da demanda reprimida, a Colormaq apresentou bom resultado frente às metas estabelecidas, diz o sócio-proprietário, Jean Belmonte Silva. “Preparamo-nos em investimentos, em linhas, lançamentos e estruturação da marca. Ao longo de 2019, renovamos mais de 90% do portfólio, preparando o varejo com nossos produtos para 2020. Avançamos muito na organização de nossas operações e lançamentos. Em faturamento, ficamos bem próximos da meta. Nosso esforço foi para a estruturação da operação.”
Em 2019, a empresa sofreu um incêndio em sua planta. Mesmo assim, conseguiu resultados positivos. “Para 2020 temos grandes expectativas, acreditamos que será um ano com aumento significativo do consumo, maior estabilidade econômica e menor perda real do poder de compra (salários), favorecendo, assim, o mercado consumidor”, conta Jean.
A Colormaq seguirá na estruturação de suas operações, com investimentos para modernizar seus parques industriais e na capacitação e desenvolvimento da equipe. Também apresentará grandes novidades em produtos e estará presente em eventos e feiras regionais.
O consumidor quer conectividade em marcas e produtos, diz Jean. “As empresas precisam entender como ativar melhor essa situação de acordo com o perfil de cada um. Produtos que otimizam o tempo terão mais valor, bem como ações que estejam em linha com a mudança de hábitos. Nos últimos três anos, a Colormaq direcionou seus investimentos, pesquisas e desenvolvimento para antecipar o que o mercado deseja. Estamos muito comprometidos em alavancar nossos negócios.”
DUINB TECNOLOGIA
” A Duinb está com a expectativa de aumentar as vendas em pelo menos 20% em relação ao ano passado.”
Apesar da crise econômica, a empresa teve um bom ano. “Fechamos com saldo positivo, tivemos muitos avanços internos, investimos no crescimento da equipe e nosso faturamento foi maior em relação a 2018”, conta Weicheng Dong, presidente da Duinb Tecnologia.
Na opinião do executivo, o ano de 2020 será marcado pelos fones de ouvido Bluetooth, smartwatches, TVs box e produtos de utilidades domésticas. “Visando ao crescimento, estamos investindo para apresentar produtos com qualidade apurada e preço acessível”, diz Weicheng.
A Duinb está com a expectativa de aumentar as vendas em pelo menos 20% em relação ao ano passado, levando em conta o investimento que vem sendo feito e as novidades programadas para o decorrer de 2020.
O valor do dólar, no entanto, pode afetar os negócios, como já ocorre, afirma o executivo. “Se ele continuar subindo, não teremos lucro. Isso dificulta os negócios. Penso que o melhor valor para a moeda norte-americana seria R$ 3,90.”
EASTERN KEYSTONE
“O futuro está na integração e na conectividade.”
A empresa fez um grande progresso em 2019, conta seu presidente, Weijie Don. “O principal ocorreu devido a um contrato de vendas exclusivo e de longo prazo com a Philips, incluindo acessórios para celulares e televisores. Também lançamos uma nova marca, a Ezaka, com foco na vida doméstica inteligente, cujos principais produtos incluem automação residencial, monitoramento e cuidados pessoais de saúde e para animais.”
Em 2019, a receita total da Eastern Keystone foi superior à obtida no ano anterior, mas o aumento das despesas com marketing e a instabilidade da taxa de câmbio impactaram o lucro líquido. “A economia foi bastante instável. Nossa expectativa para 2020 é que a taxa de câmbio se estabilize, pois as variações acabam tendo grande impacto em nossa empresa”, explica o presidente.
O ano de 2020 é visto com entusiasmo pela empresa, que vai lançar uma série de projetos, incluindo ações para promoção da marca Philips no campo de acessórios para celulares e televisores, e também ações de marketing para produtos da casa inteligente. Os lançamentos serão simultâneos e sequenciais, na feira Eletrolar Show e junto aos clientes, com preços competitivos.
A empresa tem certeza de que o futuro está na integração e na conectividade. “A Ezaka faz parte disso. Com a mente aberta, esperamos que mais empresas participem desse mercado, pois, quanto mais intensa for a concorrência, melhor será o produto, o que é bom para o consumidor”, diz Weijie, que espera crescimento significativo dos negócios este ano e um preço razoável, de R$ 3,80, para o dólar.
ELECTROLUX
“Durante 2019, lançamos 60 produtos em todas as categorias.”
Em 2019, a Electrolux comemorou seu primeiro centenário, com iniciativas no País e no mundo, e encerrou o período com saldo positivo, diz o general manager Brasil, Eduardo Cortez. “Foi o resultado da boa gestão do portfólio de produtos associada à adequação de custos operacionais, fundamentais para a competitividade do nosso negócio. A retomada do crescimento do mercado desde setembro, com taxas acima de dois dígitos, e os resultados em vendas na Black Friday e no Natal também nos foram muito favoráveis. No Brasil, mantivemos a liderança como marca de eletrodomésticos.”
Importantes investimentos em marketing foram feitos para reposicionar a marca Electrolux no Brasil, após anos sem investir em mídia publicitária, conta Eduardo. “Durante o ano, lançamos 60 produtos em todas as categorias. Entre outros, a linha de refrigeradores frost free com o maior freezer do mercado e a lavadora de 16 kg, que traz um conceito inédito de cuidar das roupas.”
A projeção da empresa é otimista para 2020, afirma Eduardo. “Será um ano importante para a Electrolux no Brasil com o lançamento da Continental, uma das marcas mais queridas dos brasileiros. Em negócios, unificaremos a linha branca com portáteis, oferecendo soluções ainda mais completas aos consumidores.”
Em 2020, investe também em sustentabilidade no Better Living Program, com metas até 2030, como, por exemplo, incentivar a alimentação saudável, contribuir para as casas ficarem livres de alérgenos e tornar o negócio neutro e circular, com o menor impacto possível ao meio ambiente e à sociedade. Da verba de marketing da Electrolux América Latina, 12% irão para ações de conscientização dos colaboradores e da sociedade. Além disso, as discussões com o hub de startups irão acelerar o ritmo de inovação neste ano, que inclui produtos cada vez mais conectados.
ELGIN
“No mercado de automação comercial, atuando com as marcas Elgin e Bematech, traremos ainda mais opções de soluções ao varejo e aos parceiros.”
Saldo muito positivo! É assim que Rafael Feder, CEO da Elgin, define 2019. “Seguimos crescendo na maioria das linhas e defendendo nossa participação no mercado. Implantamos novo ERP (SAP) em março de 2019 e também compramos a empresa Bematech, líder do ramo de automação comercial, mercado em que já atuávamos e no qual éramos concorrentes. Agora, unindo as forças das duas marcas, temos condições de dar mais opções aos nossos parceiros. O faturamento também foi melhor, a empresa cresceu dois dígitos em relação a 2018.”
A economia andou bem, principalmente com a aprovação da reforma da Previdência e com a expectativa positiva de outras em andamento, comenta o CEO da Elgin, que tem planos bem mais agressivos para este ano. “Estamos investindo muito em sistemas em todas as nossas operações, em Manaus (AM), Mogi das Cruzes (SP), Itajaí (SC), São José dos Campos (SP) e São José dos Pinhais (PR).”
Em produtos, haverá surpresas que a empresa mostrará na Eletrolar Show, mas adianta que terá novas linhas de ar-condicionado on/off, inverter e portátil, além de máquinas de costura e de energia solar e iluminação. A Elgin também investe em novo laboratório de testes para ar-condicionado, em novas linhas de produção, em contratações e sistemas de gestão.
A companhia está otimista com suas linhas e com seu portfólio cada vez mais extenso da linha de iluminação, afirma Rafael. “No mercado de automação comercial, agora atuando com as marcas Elgin e Bematech, traremos ainda mais opções de soluções ao varejo e a todos os nossos parceiros neste segmento. Devemos crescer este ano, e o ideal é que o dólar não sofra muita flutuação. Quanto mais estável, melhor.”
ELSYS
“Em 2020, a empresa fortalecerá, com lançamentos, suas linhas de segurança, conectividade, entretenimento com TV e energia solar.”
O ano foi de muito sucesso, diz o CEO, Damian Zisman. “A empresa diversificou as linhas de negócios, aumentou o quadro de funcionários e chegou a 14 mil pontos de venda no País. O grande feito foi o lançamento do Smarty, iniciando a atuação no conceito de casa conectada com a integração do aplicativo Elsys Home, que permite a visualização das câmeras Wi-Fi na televisão. Também ampliou a linha de segurança com videoporteiro Wi-Fi, campainha elétrica e fechaduras digitais e entrou no segmento de energia solar. Aumentou o faturamento com participações diferentes em cada negócio.
Com os tímidos sinais de recuperação da economia, o mercado já vem esboçando uma reação, dando ânimo aos negócios. “Este ano, prevemos retomada significativa e balanço positivo para os negócios em todas as áreas. Continuaremos a investir em soluções para melhorar a qualidade de vida de nossos consumidores”, diz Damian.
No âmbito das tendências, a aposta é na busca por soluções de IoT. “Acreditamos que a conectividade dos dispositivos de monitoramento com os smartphones proporciona sensação de maior segurança aos nossos clientes. Com o conceito de integração, eles monitoram a sua casa de qualquer lugar do mundo. O smart home, como é conhecido em outros países, está deixando de ser apenas um sonho, tornando-se realidade por aqui e a Elsys vem trabalhando nisso”, destaca o CEO.
Em 2020, a empresa fortalecerá, com lançamentos, suas linhas de segurança, conectividade, entretenimento com TV e energia solar. E investirá em novos segmentos de atuação. Além disso, o conceito de casa conectada estará cada vez mais integrado ao seu portfólio.
ESMALTEC
“A alta do dólar pode impactar o mercado de várias formas. Por isso, é preciso planejamento.”
A Esmaltec está feliz com os resultados obtidos em 2019, diz seu superintendente, Marcelo Pinto. “Apesar de ter sido um ano difícil, não só para o setor mas para a economia como um todo, tivemos sinais da recuperação econômica, que se reverteram no balanço positivo para a empresa. Nos orgulhamos de ter encerrado 2019 como a marca líder em vendas de fogões e bebedouros no País há mais de 10 anos. O faturamento cresceu na ordem de 12% na comparação com o ano anterior.”
Em 2019, a alta dos juros, que incidiu diretamente no crédito pessoal, pode ter levado o consumidor a adiar investimentos em bens duráveis. “Isso mostra que, em 2020, temos mais possibilidades de avançar sobre os resultados de 2019, uma vez que a economia está reagindo positivamente, mas é preciso aguardar algumas decisões do governo para entender como o mercado irá se comportar. De toda forma, acreditamos no crescimento da Esmaltec”, conta Marcelo.
Investimentos em novas tecnologias atreladas à internet das coisas – levando em conta o desejo do consumidor por produtos que facilitem o seu dia a dia –, em pesquisas, inovação e desenvolvimento de pessoas serão feitos pela empresa este ano. Haverá lançamentos nas linhas de bebedouros e, também, na categoria de fogão com mesa de vidro.
A alta do dólar pode impactar o mercado de várias formas, diz Marcelo. “Por isso, é preciso planejamento. Um ponto positivo da alta é que o mercado se torna mais competitivo na briga por preços, o que permite negociação melhor na compra de insumos, por exemplo. É complicado estimar um valor ideal para o dólar, tendo em vista que a flutuação depende de fatores econômicos.”
EVOLUT GAMER
“Em 2020, estamos ampliando a linha gamer, consolidando parcerias, pontos de revendas e distribuidores.”
Desde seu início, 2019 foi um ano de muitas expectativas, diz Daly Lima, diretora da Evolut Gamer. “A busca de melhorias em rentabilidade e faturamento é sempre um desafio. Nossa surpresa positiva foi a linha gamer, bem como a de acessórios para informática. Mantivemos o faturamento, e a inclusão de novas linhas ajudou a compor um canal de vendas que cresce a cada dia.”
Para Daly, a economia esteve bem retraída no ano. Apesar disso, a empresa conseguiu bom resultado. “Nossa expectativa para 2020 é otimista, estamos ampliando a linha gamer, consolidando parcerias, pontos de revendas e distribuidores. Projetamos crescer não só na linha gamer, mas também em cartuchos, tintas, papéis fotográficos e peças para impressoras.” A instabilidade do dólar é um problema a ser enfrentado, pois afeta diretamente os negócios da empresa, que atua com itens importados.
Em 2020, haverá novidades no mix de produtos, e a empresa voltará seu foco ao atendimento das principais demandas das revendas no Brasil. Também fará ações nos pontos de venda e campanhas para incentivar seus parceiros, oferecendo-lhes vantagens. Investimentos altos já estão sendo feitos e continuarão em todo o branding da marca Evolut.
A Evolut Gamer também fechou parceria com o Santos Futebol Clube em dois contratos, conta a diretora. “Um como patrocinadora oficial do Santos E-Sports e outro com um produto que importaremos, licenciado. Trata-se da cadeira gamer, exclusiva do Santos E-Sports.”
FANCY
“Estamos comprometidos com o investimento e o desenvolvimento de novos produtos.”
Um ano de avanços e conquistas em vendas. “Conseguimos, em 2019, a melhoria constante da credibilidade graças ao comprometimento de nossas equipes e fortalecimento da estrutura de vendas. No início do ano, o faturamento diminuiu, mas, com a divulgação de uma nova marca e a participação na Eletrolar Show, aumentou em 100%. O desempenho dos negócios foi acima do que esperávamos”, diz Cyndy Pan, diretora comercial da Fancy.
Para a empresa, 2019 deve ser considerado um ano de transição. “Começou com a promessa de reformas, melhora nas contas públicas, queda no desemprego e retomada do investimento e do crescimento, mas o otimismo se dissipou ao longo dos meses. A demora na aprovação da reforma da Previdência, aliada às crises políticas, foi minando a confiança dos empresários e consumidores, e criando entraves à recuperação econômica do País”, comenta Cindy.
O ano de 2020, por sua vez, começou em condições mais favoráveis, que deverão gerar um ambiente de negócios melhor e com segurança para as empresas investirem e fazerem contratações. A Fancy destaca que continuará a otimizar seus produtos, a trabalhar para construir uma organização eficiente e a buscar oportunidades para oferecer aos usuários serviços valiosos.
A empresa vai se concentrar nas necessidades dos clientes, afirma a diretora comercial. “Estamos comprometidos com o investimento e o desenvolvimento de novos produtos para melhorar a experiência do usuário. Temos razões para acreditar que os produtos Fancy que entrarem no mercado serão únicos entre as novas marcas de itens digitais periféricos. Com isso, nossa expectativa é crescer o dobro do ano passado.”
FISCHER
“Tivemos grandes avanços em novas categorias de negócios e faturamento maior na comparação com o ano anterior.”
Finalizou o ano de 2019 com saldo positivo, devido, inclusive, à retomada do crescimento. “Tivemos grandes avanços em novas categorias de negócios, e o faturamento foi maior na comparação com o ano anterior”, diz o presidente da empresa, Ingo Fischer.
Para 2020, a empresa mantém uma expectativa positiva em relação à economia, tendo em vista a redução da taxa Selic somada à aceleração do consumo e dos investimentos, conta Ingo. “Mas ainda há muito trabalho pela frente, é preciso colocar em prática as reformas fiscais e trabalhistas, e é urgente a melhoria em nossa malha rodoviária e na infraestrutura logística.”
No âmbito das tendências, Ingo aposta nas cozinhas integradas, que atendem, de forma completa, às necessidades dos vários tipos de famílias. “A cozinha é um espaço que conquista cada vez mais importância em um lar. Em produtos, as pesquisas apontam crescimento do uso da inteligência artificial e da internet das coisas nos eletrodomésticos, sem perda de requinte e simplicidade.”
Este ano, os principais investimentos da Fischer serão nas áreas de pesquisa e desenvolvimento e de automação de processos, bem como em novas tecnologias para manter a qualidade com aumento de produtividade. A empresa tem lançamentos programados em suas principais categorias de negócios.
FOXTIME
“Este ano, a empresa vai investir em tecnologia, inteligência artificial e mobilidade dos seus serviços.”
Um ano estável e pouco melhor que os anteriores, assim Edneia Fonseca, CEO e fundadora da Foxtime, define 2019. “Nos últimos tempos, a crise cortou postos de trabalho e investimentos das empresas. O emprego, que é o nosso negócio, é a primeira sinalização de reaquecimento do mercado e ele começou a dar sinais positivos no ano passado, com o aumento das vagas em aberto e, principalmente, com o maior número de clientes nos procurando para novos projetos futuros.”
A empresa manteve o seu faturamento estável em 2019 em relação a 2018. O mercado em que atua está em crescimento, embora ainda tímido, mas os sinais de recuperação já podem ser constatados. Por isso, a Foxtime tem a expectativa de um aumento substancial de participação no seu segmento, em 2020.
Mais oportunidades de desenvolvimento e de negócios também foram percebidas pela empresa, com a evolução da tecnologia. “Os avanços melhoraram nossos processos, trouxeram transparência, controle e qualidade. Hoje, a Foxtime é mais enxuta e assertiva”, diz a CEO.
Este ano, a empresa vai investir em tecnologia, inteligência artificial e mobilidade dos seus serviços, conta Edneia. “Nosso foco, hoje, é mais do que nunca na experiência dos nossos candidatos, funcionários e clientes. Além disso, queremos gerar empregabilidade para grupos vulneráveis e minorizados da nossa população, permitindo que tenham acesso ao mercado de trabalho formal.
GA.MA ITALY
“GA.MA Italy visa crescer 15% ante 2019.”
O ano de 2019 foi de muitas conquistas para a GA.MA Italy, principalmente no canal profissional, diz Pablo Abeleira, diretor comercial e de marketing. “Completamos 50 anos de história, fomos pioneiros no desenvolvimento da prancha e estamos novamente na vanguarda ao revolucionar diferentes aspectos do mercado.” Em 2019, a marca lançou o secador de cabelos iQ Perfetto e o portfólio de bivolts por preços competitivos.
Em faturamento, o desempenho foi similar ao de 2018, mas, com o crescimento no canal profissional e o aumento do tíquete médio, a empresa melhorou a qualidade da venda, um avanço importante, conta Pablo. Para ele, 2019 foi marcado por uma economia pouco aquecida, com alguns sinais de recuperação no último trimestre. “Isso nos leva a crer em um 2020 promissor, com forte recuperação econômica”, afirma.
Nesse contexto, a empresa está atuando em um plano de expansão de linha para categorias novas e tecnologias ainda não exploradas no mercado brasileiro. Na fábrica de Manaus (AM), estuda a produção de uma nova linha que lhe dará muita competitividade.
Este ano, a GA.MA Italy visa crescer 15% ante 2019, apesar de o dólar impactar diretamente o negócio, em produto acabado e em insumos importados. “Não temos outro caminho a não ser buscar aumento de preço de venda em algumas linhas, mas procuramos fazer esse movimento trazendo em paralelo tecnologias valorizadas pelos consumidores. Idealmente, gostaríamos de um dólar entre R$ 3,70 e R$ 3,80, mas sabemos que dificilmente ficará abaixo da casa dos R$ 4,00”, diz Pablo.
GEONAV
“Em um ano difícil como foi 2019, o reconhecimento do varejo foi importante.”
O ano de 2019 foi positivo para a Geonav, afirma seu diretor comercial, Rafael Assa. “Olhando a empresa como um todo, incluindo nossas marcas, tivemos crescimento nos negócios e no reconhecimento dos nossos clientes. Em um ano difícil como foi 2019, o reconhecimento do varejo foi importante.” O faturamento da empresa foi maior do que o do ano anterior, acima de dois dígitos.
Na avaliação do cenário econômico, Rafael considera que reformas importantes foram aprovadas e irão impactar este ano e os próximos. “Isso mostra uma sinalização para outras reformas fundamentais, como a tributária. Existe um sentimento de melhor ambiente de negócios, mesmo considerando que o Brasil não está unido. Mudanças geram desconforto e críticas, mas falta habilidade aos governantes para diminuir o atrito e unir todos em uma só direção.”
Para este ano, a Geonav trará muitas novidades, além da consolidação dos segmentos já existentes, com o advento de novas tecnologias, como o 5G. A casa inteligente, uma tendência que está se consolidando, deve gerar muitos negócios. A tecnologia direcionada para a saúde também deve se intensificar, bem como a da mobilidade humana, que é cheia de desafios. Na visão da empresa, tecnologia e inovação só fazem sentido quando podem melhorar a vida de todos.
A meta de crescimento é ambiciosa para 2020, afirma o diretor comercial. “Para isso, juntamos o potencial de mercado e as ferramentas que a empresa disponibiliza para sua concretização. Um dos maiores obstáculos, como em anos anteriores, é a oscilação do dólar. Eu diria que o valor ideal para um dólar estável é entre R$ 3,60 e R$ 3,80.”
GROUPE SEB
“Nossos investimentos visam ao crescimento, ao desenvolvimento e à maior visibilidade do Groupe SEB e de suas marcas no Brasil.”
Apostou em design, tecnologia e produtos em 2019, conta seu presidente, Carlos Siqueira. “Lançamos uma ampla gama de produtos e tivemos uma renovação da Rochedo, que colocou a marca em novo patamar, com mais inovação e praticidade nas linhas. Especialista há mais de 60 anos em ventilação, a Arno tende a ganhar mais espaço com produtos que entregam benefícios e alta potência, com menos ruído.” As duas marcas chegaram ao Instagram em 2019, com um novo jeito de comunicar.
O Groupe SEB acredita no potencial de desenvolvimento do Brasil, afirma Carlos. “Por isso, mantém esforços para continuar crescendo, investindo em infraestrutura e capacitação profissional, além de inovar cada vez mais no País. Continuamos nossa estratégia de desenvolver produtos que facilitam o cotidiano dos consumidores e que entregam benefícios exclusivos, de acordo com as necessidades de cada um.”
No campo das tendências, a empresa observa que os consumidores têm priorizado preparar as refeições em casa, com mais saudabilidade. Nesse movimento, refletindo sobre o jeito do brasileiro cozinhar, procura ofertar produtos com mais usabilidade, tecnologia, modernidade e design diferenciado.
Para o presidente do grupo, o dólar é uma variável importante no negócio de todas as indústrias, pois algumas matérias-primas são importadas ou dolarizadas, podendo afetar os custos da produção. “Mas nossos investimentos visam ao crescimento, ao desenvolvimento e à maior visibilidade do Groupe SEB e de suas marcas no Brasil”, ressalta.
GRUPO BRINOX
“Estamos muito atentos ao comportamento do consumidor final, que tipo de moradia ele escolhe para viver e como interage com os produtos.”
O ano foi cheio de desafios, mas o saldo foi positivo para o Grupo Brinox, que deu passos importantes para a execução de suas estratégias, diz o CEO, Christian Hartenstein. “Em vendas, o ano começou com crescimento mais fraco que o esperado, mas se recuperou ao longo dos meses. Iniciamos a expansão da operação em Linhares (ES), para duplicar a nossa área fabril e a logística. Inauguramos um showroom em São Paulo e avançamos na automatização e melhoria da produtividade. O faturamento cresceu aproximadamente 10% em relação a 2018.”
A visão sobre a evolução da economia é otimista. “O crescimento do Brasil esteve abaixo do esperado, mas fatores como a reforma da Previdência e a lei de liberdade econômica geraram condições favoráveis à aceleração dos investimentos, geração de empregos e maior crescimento para as empresas e o País. A taxa Selic reflete de maneira clara esse novo ciclo econômico”, afirma o CEO.
Em 2019, o ritmo de inovação do Grupo Brinox foi muito satisfatório e abriu caminho para o lançamento de mais de 700 produtos em 2020. O Grupo também estreitou novas parcerias com a Pantone e o chef Carlos Bertolazzi, e iniciou a operação da nova linha de produção de panelas, no Espírito Santo.
Os produtos de UD precisam se adaptar ao mercado, diz Christian. “Estamos muito atentos ao comportamento do consumidor final, que tipo de moradia ele escolhe para viver e como interage com os produtos. Também apostamos no crescimento de novas linhas de produtos em canais como o Horeca (profissional). Em relação ao dólar, acreditamos que teremos menor volatilidade que em outros anos.”
GRUPO DROID
“Países parceiros deverão começar a olhar o País com bons olhos e a investir.”
A arrancada de 2019 foi bastante tímida, levando-se em conta a expectativa da chegada do novo governo, diz Ronald Pech Jr., CEO do Grupo Droid. “As vendas só foram mais robustas no segundo semestre, 2019 terminou positivamente, com nível recorde de vendas. O resultado anual, contudo, ficou 8% abaixo de 2018, sem contar a inflação, ou seja, aproximadamente 12% menor, em termos reais. O grupo teve que ser mais eficiente e enxugar custos para fazer frente a um ano de grande sazonalidade. Os avanços foram de gestão, hoje muito mais moderna.”
Para o executivo, o Brasil parece estar tomando nova forma com um governo de perfil mais empresarial e preocupado com o comércio exterior, o que ele considera fundamental para prosperar nos próximos anos. Acredita que países parceiros deverão começar a olhar o País com bons olhos e a investir.
Em 2020, o Grupo Droid investe em novo maquinário na fábrica e em sistema de gestão. “A palavra é eficiência para todos os colaboradores. O uso de tecnologia em todo e qualquer processo fabril visa à produtividade, escala e qualidade. O Brasil se defasou industrialmente, e estamos investindo nisso. Não prevemos lançamentos, mas a consolidação de linhas”, conta Ronald.
As vendas deverão ser estáveis este ano, aposta a Droid. O dólar, por sua vez, poderá afetar os negócios. O preço atual é insustentável para produtos importados, comenta o CEO. “O Brasil pode aproveitar a chance e passar a ser um exportador, mas o governo tem de incentivar as empresas nacionais. Somos muito tímidos como nação no comércio exterior.”
GRUPO MARCAMIX
“A meta é consolidar diferentes canais de distribuição para expandir as fronteiras das marcas do grupo e fortalecer as relações comerciais com os parceiros.”
O ano de 2019 foi de solidificação e de grandes conquistas para a empresa, diz o CEO, Rafael Camargo. “Além de um excelente índice de fidelização da carteira de clientes (cerca de 90%) no segmento de utilidades. O ano foi desafiador, mas fechamos com crescimento em relação a 2018. O Grupo Marcamix vem conquistando cada vez mais espaço no setor de eletroportáteis.” A empresa, que comemora 10 anos de atividades em 2020, tem quatro marcas consolidadas, presentes nos melhores pontos de vendas do País.
O grupo vem crescendo consideravelmente, conta o CEO. “Hoje, os eletros representam boa fatia do nosso faturamento, queremos consolidar nossas linhas focando, principalmente, na cafeteira Multi Le Cook, com moedor integrado. A estratégia é posicioná-la como um produto desejado e destacar o seu diferencial de moer grãos de café ou ervas de chá e preparar a bebida na hora. Teremos muitas ações e novidades em comemoração aos nossos 10 anos.”
A meta é consolidar diferentes canais de distribuição para expandir as fronteiras das marcas do grupo e fortalecer as relações comerciais com os parceiros. Além das vendas para as lojas especializadas do varejo, o grupo lançou o catálogo de venda porta a porta, loja online e uma megastore da marca Moda do Chef, unidade própria em Jundiaí (SP).
Cafés especiais, hoje, são vistos como sinal de status, afirma Rafael, que tem boas expectativas para este ano. “Nossa meta é de 25% de crescimento. O dólar, com certeza, pode ser uma barreira, mas acreditamos no governo para equilibrá-lo no valor de R$ 3,80.”
GRUPO VENTISOL
“Entre nossas marcas Ventisol e Agratto, lançamos mais de 50 modelos. Foi um ano de aproveitamento das oportunidades.”
O ano de 2019 foi um dos melhores para o Grupo Ventisol, principalmente em função do clima que colaborou com temperaturas mais altas. “Além disso, entre nossas marcas Ventisol e Agratto, lançamos mais de 50 modelos. Foi um ano de aproveitamento das oportunidades. O faturamento foi superior ao de 2018, principalmente por nossa linha mais completa de produtos”, diz Moisés Botelho, gerente de marketing do Grupo Ventisol.
No cenário econômico, não houve mudanças que auxiliassem as indústrias nacionais, conta Moisés, que tem a expectativa de que a economia seja mais estável em 2020. “Nos últimos anos, o Brasil passou por muitas incertezas que fizeram as empresas ter dificuldades para atuar num mercado tão instável.”
Em 2020, a empresa investirá forte em feiras de negócios para conquistar novos clientes, em lançamentos e no programa de treinamento para suas equipes. “Estamos trabalhando para crescer, mas acreditamos que o dólar pode afetar os negócios. Um bom dólar para importação e exportação estaria entre R$ 3,80 e R$ 3,90”, diz Moisés.
Nos produtos, o gerente de marketing constata que os que se conectam via smartphone são a nova tendência, tanto que termos como casa inteligente, internet das coisas e automação residencial estão se tornando comuns. O consumidor quer mesmo conectar seus eletrodomésticos com o smartphone.
HPRIME PELÍCULAS
“O valor de conforto do dólar seria na casa de R$ 3,80.”
Desafiador, mas com saldo bastante positivo. Assim Felipe Almeida, supervisor de negócios da HPrime Películas, define 2019. “As incertezas nos motivaram a buscar melhorias, fortalecemos a marca e a política de excelência. Aprimoramos os produtos, apostando em novas tecnologias, e nos aproximamos ainda mais dos parceiros. O faturamento aumentou em 8% em relação a 2018, ano em que a empresa mais cresceu.”
No primeiro semestre de 2019, o consumo foi afetado pela instabilidade política, mas no segundo houve sensível melhora com as medidas que aumentaram a confiança do consumidor. “Em 2020, a esperança é que o país cresça e faça as reformas necessárias. Temos várias ações programadas, com investimentos delineados para infraestrutura interna, como capacitação de nosso time e lançamento de produtos e tecnologias”, conta Felipe.
Atuante em um mercado de alta volatilidade, com tecnologias que se alteram em várias frentes e cuja periodicidade muitas vezes é menor do que um ano, a HPrime aponta como tendência forte para este ano os aparelhos com telas dobráveis, que deverão ser realidade em breve. A empresa também espera crescimento.
“Com os projetos de estruturação e lançamentos, vamos crescer. Nos esforçamos muito para não alterar nosso preço, mas obviamente que, com o dólar alto, não apenas os insumos mas também serviços, como logística e armazenagem, aumentam os custos e podem impactar. O valor de conforto do dólar seria na casa de R$ 3,80”, diz Felipe.
I2GO
“Estamos investindo muito em produtos de IoT, como casa conectada, e em sustentabilidade.”
O ano foi desafiador e com um mercado inconsistente, mas, mesmo assim, a empresa cresceu em faturamento e em número de clientes. “Chegamos a 110% da meta e atingimos 20 mil pontos de venda. Também focamos em trazer rentabilidade aos clientes e fortalecer a presença dentro das redes do varejo. O faturamento foi superior ao de 2018, devido aos novos produtos de maior valor agregado”, diz o diretor da I2GO, Marcelo Castro.
Para Marcelo, 2020 será um ano de muito crescimento. “Vamos solidificar as nossas linhas core (cabos e carregadores) e aumentar a linha de áudio com caixas de som potentes, fones sem fio TWS e fones com noise cancelation. Estamos, também, investindo muito em produtos de IoT, como casa conectada, e em sustentabilidade.”
Este ano, os produtos da i2GO começarão a ser feitos de PET reciclado. A linha ECO2GO, com itens que não agridem o meio ambiente, destinará parte do valor das vendas para a ONG Limpeza dos Mares. Em paralelo, a empresa continuará com forte investimento em marketing institucional e no PDV para manter a marca top of mind em acessórios para smartphone.
A expectativa para 2020 é de crescimento de 30% ante 2019. “O valor do dólar afetou muito a margem dos produtos, mas conseguimos nos ajustar. Para importadores, o dólar ideal é o mais baixo possível, mas parece que a economia está confortável com o dólar no patamar de R$ 4,00. Então, acreditamos que a tendência é o valor ficar perto disso”, comenta Marcelo.
IBBL
“A mudança societária da IBBL trouxe muitos benefícios, como o acesso a novas tecnologias.”
O ano de 2019 foi um marco para a IBBL, que passou a ter novo controlador, Culligan International, empresa global líder no segmento de água. “A mudança societária da IBBL, que de empresa familiar tornou-se multinacional, trouxe muitos benefícios, como o acesso a novas tecnologias, produtos e sinergias corporativas entre as várias subsidiarias da Culligan no mundo. As melhorias de gestão incrementaram os volumes de produção, a qualidade e as reduções de custos dos produtos. O faturamento aumentou em 7% em relação a 2018”, diz o presidente, Sidney Del Gaudio.
Mesmo na crise, o mercado de purificadores e resfriadores de água cresceu 18%, a taxas anuais. “A IBBL prevê buscar a liderança em 2023, em função de novos produtos, como a linha premium para o público A/B, e tecnologias”, conta Sidney. Consolida, também, a oferta multicanal, que engloba revendedores, e-commerce e atendimento especializado, reforçando a posição de ser a única a atender o mercado de varejo e o especializado, na maior parte B2B. Em janeiro, lançou o filtro Equilibrium, que oferece o equilíbrio do PH da água antes do consumo.
Em outubro de 2019, a Culligan/IBBL participou da Aquatech, maior feira de água de Amsterdã, Holanda, onde identificou a tendência de incorporar tecnologias como osmose reversa e água hidrogenada em purificadores residenciais compactos. Essa tendência coincide com os lançamentos que chegarão ao Brasil e à América do Sul por meio da IBBL.
A meta, em 2020, além dos lançamentos, é crescer no mercado interno e na exportação, pois a variação cambial não é uma ameaça. “Nossas exportações, feitas sempre em moeda forte, compensam as importações de componentes, atuam como um hedge de proteção, e não afetam os resultados da companhia”, afirma Sidney.
INDÚSTRIA FOX ECONOMIA CIRCULAR
“Nosso plano para 2020 é mostrar ao mercado que fazemos muito mais do que reciclar geladeiras.”
A empresa iniciou 2019 com um plano estratégico bem desenhado, focado na construção de uma cultura organizacional e uma governança corporativa forte, conta o CEO, Marcelo Anderson de Souza. “Assim, criamos oportunidades com o oferecimento de novos serviços e produtos dedicados à economia circular, o que impulsionou o rebranding de nossa marca e, naturalmente, a atração de novos clientes.”
Em 2019, a Indústria Fox registrou crescimento de dois dígitos, superando suas próprias expectativas. “Para 2020, vislumbramos um ano promissor, o qual começou com a movimentação de muitos players em busca de soluções para as demandas governamentais”, diz Marcelo.
Tecnologicamente, investiu muito em recursos e em talentos na empresa de tecnologia, o alicerce para sustentar seu plano de crescimento. Desenvolveu um sistema que lhe permite monitorar pontos de coleta, gerir a roteirização, controlar fluxos, administrar rotinas com boots, entre outras aplicabilidades, tudo com algoritmo próprio. Pode fornecer controles, dados e transparência para os clientes, colocando em sua cesta de ofertas atrativos projetos turn key.
A empresa está muito verticalizada, explica o CEO. “Nosso plano para 2020 é mostrar ao mercado que fazemos muito mais do que reciclar geladeiras. Reciclamos todas as linhas de produtos, temos um viés acadêmico marcante e focado na geração de dados, processos robustos e estamos prontos para atuar em todos os pilares da economia circular. Projetamos crescimento agressivo para 2020, pautado na criação de projetos eficientes, personalizados e com geração de valor para toda a cadeia.”
INTELBRAS
“Em 2020, o foco será em soluções completas para consumidores, empresas e mercados verticais.”
Como empresa que desenvolve soluções diversificadas, de forma que um segmento complementa o outro, a Intelbras cresceu em bom ritmo, em 2019, diz o CEO, Altair Silvestri. “Não deixamos de investir, inovar e trabalhar na melhoria contínua dos processos e do atendimento aos clientes que, em 2019, atingiu 95% de satisfação. Avançamos com a aquisição de empresas e investimento em novos parques fabris. Nosso faturamento foi maior na comparação com 2018.”
Em 2020, o foco será em produtos e soluções completas para a casa de consumidores, empresas e mercados verticais, com tecnologias avançadas, que englobam IA e IoT. “Lançaremos videoporteiros com Wi-Fi, com conectividade por aplicativo, o que possibilita atender visitas mesmo quando não há ninguém em casa, linha de smart speakers integrada com a assistente de voz Alexa, roteadores, fechaduras digitais e alarmes sem fio, com bateria de longa duração. Também teremos lançamento no segmento de energia solar”, conta Altair.
A Intelbras espera crescer na faixa de 15%, este ano, em relação a 2019, afirma o CEO. “O câmbio não tem muita relevância nos nossos negócios, a cotação pode ser alta ou baixa, mas variações e oscilações muito fortes em períodos curtos prejudicam o negócio de qualquer empresa, o planejamento fica mais difícil.”
O crescimento da empresa se dá junto com o de colaboradores, parceiros, fornecedores e clientes. Por isso, a Intelbras está próxima dos stakeholders para ouvi-los e gerar oportunidades de negócio, como, por exemplo, apoiar a decisão sobre a entrada em novos mercados, além de manter a liderança nos segmentos em que atua e ofertar tecnologias inovadoras.
LAVOR BRASIL
“Em 2020, no Brasil, a Lavor dobrou o market share em lavadoras de alta pressão residenciais.”
O ano de 2019 foi de muitas conquistas para o grupo italiano Comet, como o patrocínio da equipe Honda de Moto GP e o rebranding da marca Lavor. Fundado em 1959 e presente em 130 países, o grupo atua em agricultura, indústria e limpeza. “No Brasil, a Lavor dobrou o market share em lavadoras de alta pressão residenciais e surpreendeu ao lançar a extratora GBP 20 e a lavadora e secadora de piso. Ampliou a rede de assistência técnica, revendas e representantes, hoje cobre mais de 80% do País. O faturamento cresceu 9,5% ante 2018”, diz Michele Andrez, diretora comercial.
Em janeiro, Massimo Colombo assumiu a vice-presidência da Lavor Brasil com muito dinamismo e seu primeiro desafio foi finalizar a mudança da fábrica de Ribeirão Preto para Indaiatuba (SP), em novo espaço, mais amplo e moderno, conta Michele. “Com isso, aumentaremos a capacidade de estocagem de produtos acabados, peças e acessórios, e reduziremos custos logísticos pela localização privilegiada.”
Neste ano, a marca também lançou um canal de venda direta de produtos profissionais e industriais para a limpeza de grandes áreas. A empresa acredita que o mundo precisa de produtos ecologicamente sustentáveis. A Lavor já fabrica equipamentos Eco, que economizam água e energia elétrica, e lavadoras de alta pressão, que podem ser utilizadas com água de reúso.
A empresa espera crescimento de dois dígitos em 2020, afirma a diretora comercial. “O dólar alto pode afetar negativamente os negócios, mas com a ampliação do galpão, temos recursos para elevar o estoque de peças e, com isso, teremos menos volatilidade. Além disso, aumentamos nossa capacidade de produção e montagem no mercado interno.”
LENOXX
“Nossa empresa teve um balanço positivo. Em faturamento, apresentamos 20% de crescimento quando comparado a 2018.”
Em função da crise que o País enfrentou nos últimos anos, 2019 também foi muito difícil para todos, diz Eduardo Klinke, diretor comercial da Lenoxx. “Nossa empresa teve um balanço positivo sobre a evolução do faturamento, apresentando 20% de crescimento quando comparado a 2018.”
A economia ficou estagnada durante quase todo o ano, com leve sinal de melhora no último trimestre, conta Eduardo. “Mas, apesar da real preocupação em relação ao câmbio, que ainda permanece alto e instável, nossa expectativa é otimista para 2020. Se o ritmo da atividade econômica registrado no final de 2019 permanecer durante o primeiro semestre de 2020, teremos um bom ano, com crescimento projetado de 25% sobre 2019”, conta Eduardo.
O dólar, na opinião do diretor comercial, sempre afeta os negócios de alguma forma. “Este ano já iniciou com os fornecedores travando uma batalha de aumento de preços com o varejo. Mas o mercado acaba aos poucos se estabilizando. Para a Lenoxx, acredito em um câmbio ideal com o dólar a R$ 3,80.”
Em 2020, a empresa lança mais de 30 produtos em todas as categorias que atua, que serão apresentados com maior intensidade em julho. O plano contempla a participação em feiras e eventos regionais, incluindo encontros de relacionamento e negócios com os clientes. Uma nova área logística em São Paulo, para atender o mercado do Sul do País está em fase final de implementação. Em produtos, terá novidades em caixas amplificadas e BT Speaker, na categoria de áudio. Em portáteis, fogões e fornos de alta capacidade e mais uma linha de cuidados pessoais.
LG
“A chegada do 5G permitirá o aumento no uso de tecnologias como dispositivos conectados pela internet das coisas.”
Em 2019, continuou forte em sua estratégia de levar a melhor experiência ao usuário nas categorias em que atua, diz Roberto Barboza, vice-presidente de vendas da LG Electronics do Brasil. “Estamos sempre atentos às demandas de mercado com o intuito de oferecer produtos com valor acessível e características premium, de acordo com o que o consumidor busca. Os resultados atingiram as expectativas, principalmente devido à melhora do mercado com a economia nacional.”
Em 2019, a LG percebeu aumento do poder de compra, principalmente por causa dos resultados que obteve em datas importantes para o varejo. “À medida que aumenta a confiança na economia, as pessoas se sentem mais confiantes para investir em produtos com valor maior, o que nos abre a possibilidade de fazer projeções ainda melhores para 2020”, conta Roberto.
Lançamentos em todas as suas atividades de negócios e presença em feiras e eventos nacionais e internacionais estão no planejamento para 2020, ano que tem como tendências a inteligência artificial e o conceito de casa conectada. A LG tem a plataforma exclusiva e aberta, a ThinQ AI, que possibilita automatizar tarefas simples, integrando aparelhos como refrigeradores, televisores, condicionadores de ar e smartphones, por exemplo.
O mercado também vive a expectativa da chegada do 5G, que permitirá o aumento no uso de tecnologias como dispositivos conectados pela internet das coisas, destaca o VP de vendas. “O principal benefício será o grande impacto na rapidez das navegações, o que influenciará de forma significativa o cotidiano das pessoas e a relação com a tecnologia em várias áreas como saúde, educação, segurança, entretenimento, games e até em casa ou no trabalho.”
LOGITECH
“O brasileiro está disposto a pagar um pouquinho a mais para ter um produto melhor, com garantia e qualidade diferenciada.”
O saldo do ano foi muito positivo para a Logitech, diz o country manager, Jairo Rozenblit. “Em todas as divisões de negócios, tivemos crescimento expressivo, caso da linha Core, que abrange mouses, teclados, webcam e headset. A gente sente que o brasileiro está disposto a pagar um pouquinho a mais para ter um produto melhor, com garantia, marca suíça e qualidade extremamente diferenciada.”
Investimentos foram feitos em todas as divisões, caso da Logitech G, de games, da voltada à videoconferência, que cresce mundialmente com uma tecnologia disruptiva, e a de áudio portátil, com as marcas Jaybird, de fones de ouvido Bluetooth para esportistas, e a Ultimate Ears, caixas portáteis de som Bluetooth à prova d’água.
Este ano, todas as divisões de negócios da empresa terão vários lançamentos. “A empresa também vai explorar muito a divisão Blue, recém-chegada ao Brasil e que tem microfones para podcasters, youtubers e influencers. Outra grande aposta é a divisão Ultimate Ears, de caixas de som Bluetooth, à prova d´água, criação do artista Van Halen. A mais recente novidade é a caixa de som Wonderboom 2.
Os produtos da Logitech são todos importados, então o valor da moeda pode pesar. Se o dólar ficasse em R$ 4,15 o ano inteiro ajudaria muito, mas a flutuação gera turbulência. O que importa é a estabilidade, diz o country manager. “Independentemente disso, trabalhamos com a certeza de crescimento expressivo em 2020. Será um ano excepcional.”
LORENZETTI
“Empresa prevê crescimento no faturamento de no mínimo 10% sobre 2019.”
O balanço de 2019 foi muito positivo, diz Eduardo Coli, CEO da Lorenzetti. “Seguindo o que foi previsto no planejamento estratégico firmado no início do ano, a empresa faturou R$ 1,5 bilhão, com crescimento de 9,8% na comparação com o resultado de 2018, quando o obtido foi R$ 1,361 bilhão.” O resultado foi comemorado, uma vez que em março de 2019 uma forte enchente alagou parte de suas fábricas e do centro de distribuição, no bairro da Mooca. “Foi o planejamento seguido à risca e o estoque preparado para o inverno, quando o giro de vendas é ampliado, que garantiram a performance”, conta Eduardo.
O fato não mudou os projetos. Em 2019, a empresa investiu R$ 210 milhões na aquisição de terreno e operacionalização da planta de 27 mil m² na Mooca, o que inclui reformas, infraestrutura, pesquisa e desenvolvimento. A compra da área representa a ampliação de sua capacidade total em 37%, com condições de suportar o crescimento planejado até 2021.
A Lorenzetti está otimista com o futuro. “Algumas medidas tomadas pelo governo, em 2019, foram importantes, como a liberação de parte dos recursos do FGTS, que estimulou a resposta positiva no consumo, além dos juros, que ficaram controlados. O varejo voltou a acreditar no crescimento, impactando a indústria”, destaca o CEO.
Este ano, a empresa prevê crescimento no faturamento de, no mínimo, 10% sobre 2019. Investirá na ampliação do mix de produtos e não descarta a possibilidade de aquisições que possam ser estratégicas para o negócio. Espera, ainda, que não haja variação acentuada da taxa cambial. “Pode afetar os negócios, pois a empresa importa insumos. Por outro lado, ela exporta para mais de 45 países”, afirma Eduardo.
MALLORY
“Em 2019, enquanto o mercado de portáteis evoluiu 12%, nós crescemos 23% em faturamento.”
Muito positivo, é assim que a empresa considera o seu desempenho no ano passado. “A Mallory registrou um bom crescimento. Enquanto o mercado de portáteis evoluiu 12%, nós crescemos 23% em faturamento em 2019. As expectativas para 2020 também são excelentes”, diz a CEO, Annette de Castro.
No campo da economia, Annette diz que esperava uma recuperação maior, mas, mesmo nesse cenário, o mercado cresceu. “Iniciamos 2020 com mais otimismo. No entanto, o cenário atual é de preocupação. A China, o maior fornecedor de componentes e produtos para muitas indústrias, está com sérias dificuldades, que afetarão a produtividade. A desvalorização do real perante o dólar foi muito além do previsto e vai encarecer a linha de eletros. Entretanto, ainda não desistimos das nossas intenções de crescimento e investimento.”
Em 2020, Mallory contará com uma nova linha de produtos Star Wars, exclusividade da empresa. Também serão reforçadas as linhas de cuidados pessoais, ventilação, lar e cozinha. Em breve, a empresa anunciará muitas novidades, tanto em termos operacionais quanto em estratégias.
A Mallory destaca, ainda, que a conectividade entre os produtos é uma tendência muito forte nos dias atuais. “Junto com ela, vem a necessidade de produtos multifunções, devido ao fato de as residências estarem cada vez mais compactas e tecnológicas”, conta Annette.
MIDEA CARRIER
“Duas grandes tendências em eletrodomésticos são as tecnologia inverter, em ar condicionado, e a digital smart.”
O ano de 2019 foi bom para a Midea Carrier do Brasil, pois seus primeiros meses foram muito fortes para o setor de climatização, conta o CEO, Felipe Costa. O primeiro trimestre registrou as temperaturas mais altas dos últimos 20 anos, o que levou as vendas de condicionadores de ar a superarem as de 2018. “Na linha branca, a participação de mercado da marca Midea ainda é tímida, mas tivemos crescimento de vendas acima de 50%, o que nos encoraja a investir ainda mais nessas linhas de produto.”
A empresa está otimista com 2020 e sua expectativa é que os segmentos nos quais atua mantenham a tendência de crescimento. “Quanto à economia brasileira, o Banco Central, em dezembro de 2019, estimou crescimento de 2,3% no consumo das famílias. Isso quer dizer que consumidores deverão se sentir mais confortáveis para investir em produtos para o seu bem-estar”, diz o CEO.
Em 2020, a empresa planeja lançamentos. O primeiro foi em fevereiro último, o novo piso teto da marca Carrier, no segmento de climatização. Depois, virão XPower, com tecnologia inverter, e o XPerience. Em complemento, investe na marca. No início do ano, anunciou o patrocínio do Sport Clube Corinthians, e globalmente, do Manchester City, na liga europeia, e da Copa da Suzuki, na Ásia.
Duas grandes tendências vão marcar este ano, conta Felipe. “A tecnologia inverter, presente no segmento de ar-condicionado, refrigeração e lavanderia, pelos benefícios que entrega na redução do consumo de energia, e a digital smart, que facilita o uso do eletrodoméstico no dia a dia. O consumidor brasileiro está atento às questões ambientais e tem cobrado das marcas produtos e processos fabris que respeitem o meio ambiente.”
MONDIAL ELETRODOMÉSTICOS
“Em 2020, faremos investimentos para o fortalecimento da marca através de novas campanhas de comunicação.”
O balanço de 2019 foi muito positivo, bem acima do planejado. “Consolidamos ainda mais o nosso crescimento com a entrada de novas linhas, aumento robusto de participação no mercado e lançamento da campanha de comunicação “Mondial, a Escolha Inteligente”, com o ator e apresentador Rodrigo Hilbert, que teve grande repercussão. O faturamento ficou acima da meta inicial, crescemos bem acima do que o mercado de eletrodomésticos portáteis”, afirma Giovanni Martins Cardoso, sócio-fundador e CEO da Mondial Eletrodomésticos.
Com os indicadores mostrando alguma recuperação da economia, aumentou o índice de confiança do consumidor, o que poderá incentivar o consumo. Este ano, a empresa vai investir na ampliação de sua estrutura e no desenvolvimento de novas linhas de produtos, conta Giovanni. “Além disso, faremos investimentos voltados ao fortalecimento da marca, através de novas campanhas de comunicação.”
No campo das tendências, a marca está voltada ao novo design dos produtos de cozinha, lar e ventilação. “Para isso, temos um centro de design importantíssimo, de onde vem a grande maioria dos nossos produtos. O consumidor moderno quer inovação, qualidade e ótima relação custo-benefício”, diz o CEO, que espera, também, uma redução no valor do dólar, com o término das incertezas atuais.
Um plano ousado de crescimento em 2020 foi traçado pela Mondial, tendo como base suas linhas atuais de produtos e a ampliação da atuação no mercado com os recém-chegados cooktops a gás, de produção nacional, coifas e depuradores. A empresa também espera uma redução no valor do dólar com o término das incertezas atuais.
MOX | DOTCELL
“Meta mínima para 2020 é de vendas 12% maiores que no ano passado.”
O ano de 2019 foi difícil para o comércio, diz Hassan Ali Abdallah, presidente e CEO da Mox | Dotcell. “O que nos alegra é que conseguimos obter resultados positivos, diferentemente dos últimos três anos. Apesar de toda a dificuldade, tivemos aumento de 6% nas vendas em comparação com 2018.”
Na análise da economia, a empresa acredita que houve sinais de melhora. O comércio, aparentemente, está mais animado, e a expectativa é de avanços em 2020, inclusive com a colocação de seus produtos no maior número possível de lojas.
Para tanto, a Mox | Dotcell fará vários lançamentos. A empresa está investindo bastante em itens atuais, com novas tecnologias, e no marketing. “Não abrimos mão é da qualidade em todos os nossos produtos”, afirma o presidente, que acredita muito em 2020, tanto que já no início do ano ampliou a equipe com a contratação de novos colaboradores.
A meta mínima, para este ano, é de vendas 12% maiores em relação ao ano passado. Hassan também torce por uma taxa de câmbio sem muita oscilação. “Isso afeta diretamente o nosso custo e a margem, uma vez que os produtos são importados.”
MUELLER
“Nossas perspectivas para 2019 são amplas e otimistas. Porém seguiremos com a política de pé no chão.”
O ano de 2019 foi instável para a economia brasileira e desafiador para empresas de diferentes segmentos. Exigiu dose extra de criatividade e dedicação em todos os processos para a obtenção de resultados positivos, diz o presidente da empresa, Marcio Gonçalves. “A Mueller completou 70 anos em 2019, e só temos motivos para nos orgulhar de nossa trajetória, que traz amplo mix de produtos, linha de produção equipada e tecnologia de ponta. Nosso parque fabril cresceu, e o faturamento foi superior ao de 2018.”
Em 2019, lançou inovações, como as lavadoras Big 14 kg e Big 16 kg com o sistema Aquatec e a maior capacidade da categoria. Também apresentou novidades em fogões e fornos elétricos na linha Fratello. “Os constantes investimentos nas fábricas e nas pessoas, a presença em importantes feiras do setor e os lançamentos contribuíram para o nosso resultado”, conta Marcio.
Neste ano, a Mueller trará novidades de grande impacto. Mesmo com os desafios que se apresentam, está ciente de que, como empresa sólida que é, irá superá-los, afirma o presidente. “Nossas perspectivas para 2019 são amplas e otimistas. Porém seguiremos com a política de pé no chão. Faremos importantes lançamentos nas linhas de cozinha e lavanderia.”
A empresa lançará 10 produtos, nos primeiros meses de 2020. Ainda neste trimestre, terá novidades na categoria de fogões com mesa de vidro, uma tendência, tal como as lavadoras, secadoras e centrífugas de maior capacidade. A empresa confia em seu crescimento, como vem ocorrendo nos últimos anos. Em relação ao dólar, a Mueller considera que um bom patamar de equilíbrio seria entre R$ 3,90 e R$ 4,00.
MULTILASER
“Em 2019, tivemos mais de R$ 70 milhões para investimentos em infraestrutura, novas marcas e lançamento do nosso smartphone mais premium, o Multilaser H.”
A empresa encerrou 2019 com crescimento de 8% no varejo e está trabalhando com perspectivas melhores para 2020, afirma Alexandre Ostrowiecki, CEO da Multilaser. “Foi um ano de muita construção e investimentos. Tivemos mais de R$ 70 milhões para investimentos em infraestrutura, novas marcas e lançamento do nosso smartphone mais premium, o Multilaser H.”
Levando em conta que 2019 foi um ano de ajustes, a empresa, apesar de cautelosa, acredita em retomada da economia e em espaço para crescimento. Para este ano, tem grandes investimentos. Lançou a marca PowerTek, de energia, e programa o lançamento de outras três – Mimo, Liv e Keep –, além de mais uma categoria de utensílios domésticos.
A Multilaser é extremamente antenada com as tendências de mercado para trazer o melhor custo-benefício aos consumidores, diz o CEO. Ela produz 70% do que vende e importa o restante. Para fazer toda essa gama de itens, tem mais de 3.000 funcionários e duas fábricas, uma na Zona Franca de Manaus, no Amazonas, e a maior em Extrema, em Minas Gerais. Além do escritório em São Paulo, abriu também um laboratório na China, com mais de 70 colaboradores, cujo objetivo é testar e analisar uma série de produtos a serem lançados no mercado brasileiro.
Para Alexandre, o ano de 2020 tem perspectivas otimistas, que incluem a recuperação econômica do País e avanços da Multilaser. “Nossa meta é crescer 17% em relação ao ano passado. O dólar, mantendo-se no valor entre R$ 4,00 e R$ 4,20, atende aos planos da companhia.”
MULTIVISÃO
“A Multivisão vai crescer atenta aos mercados de organização e de ergonomia.”
Um ano positivo para a Multivisão, afirma o diretor Rafael Pesce Barbosa. “Além do crescimento do faturamento, a empresa aumentou a sua participação em algumas áreas e a quantidade de clientes ativos. O faturamento foi 15% superior na comparação com 2018, devido às estratégias adotadas e aos lançamentos.”
O cenário econômico, no ano passado, ficou abaixo das expectativas, conta o diretor. “O ano de 2019 começou batendo recorde de faturamento, mas perdeu força nos meses seguintes. No segundo semestre, porém, alcançamos as metas e fechamos o ano positivamente.” A empresa, que trabalha com produtos nacionais e importados, também é exportadora.
Para 2020, as expectativas são ótimas. A Multivisão acredita na economia e vem fazendo reestruturações internas e investindo em novas tecnologias e produtos. Também vai investir no cliente, com ações pontuais. E vai inovar com lançamentos em diferentes segmentos, que se encaixam no perfil de seus clientes.
Sua atenção também será dirigida às tendências do crescente mercado de organização, uma vez que todos os seus produtos visam à otimização do espaço, diz Rafael. “Estaremos de olho, ainda, no mercado de ergonomia, que cresce anualmente em paralelo à preocupação das empresas com o bem-estar de seus colaboradores.” O objetivo da Multivisão é crescer 30% em 2019, número calculado sobre um orçamento detalhado para o ano.
NEWELL BRANDS
“Estamos confiantes, manteremos os investimentos projetados em infraestrutura e, principalmente, em lançamentos.”
Os avanços na economia, a melhora no consumo das famílias e no índice de confiança do consumidor fizeram o saldo do ano ser positivo, diz Alexandre Pires da Luz, diretor-presidente da Newell Brands – Appliance & Cookware Brasil: Oster e Cadence. “Estreitamos o relacionamento com o varejo e encaramos, com nossos parceiros, os desafios para consolidar as marcas Cadence e Oster como players importantes. Ampliamos a participação de ambas no mercado. Nosso faturamento cresceu acima da média do segmento.”
A maior estabilidade econômica, os juros baixos e o crescimento do mercado imobiliário devem favorecer em 2020. “Se o governo conseguir entregar as reformas e fizer ajustes estruturais, como desburocratização e regulações do setor, criaremos um ambiente propício à volta do investimento. Estamos confiantes, manteremos os investimentos projetados em infraestrutura e, principalmente, em lançamentos”, diz Alexandre.
Em produtos, a Newell Brands aposta nos que trazem novas tecnologias e facilitam a vida do consumidor, caso do ferro de passar sem fio e do Forno & Fryer Oster®. Este ano, fará mais lançamentos com as duas marcas e investirá, também, em pesquisas e ferramentas, visando a maior assertividade na demanda e diminuição da ruptura de produtos, em treinamento e em trade para acompanhar o PDV.
A empresa quer crescer, afirma o diretor-presidente. Para isso, a empresa conta com planejamento robusto e alinhamento entre as áreas, investe no desenvolvimento de produtos e na parceria com os clientes. “Manter o consumidor como foco e ter nossos parceiros próximos fizeram com que encontrássemos oportunidades mesmo nas dificuldades. Os eventos adversos e a realidade de custo motivaram uma busca por agilidade, eficiência, respostas rápidas e soluções inteligentes.”
ON ELETRÔNICOS
“Dólar entre R$ 3,70 e R$ 3,90 é bom patamar, desde que permaneça estável.”
Para a empresa, o ano foi excelente, garante o sócio e diretor comercial da On Eletrônicos, Francisco Mecchi. “Obtivemos grande crescimento e conseguimos superar os índices já positivos de 2018. Nosso faturamento também foi maior comparado ao ano anterior.”
Na avaliação da On Eletrônicos, as reformas estruturais do governo, iniciadas e realizadas em 2019, como a da Previdência, trouxeram mais segurança e sensação de progresso, impulsionando novamente as compras no varejo. “Em 2020, nossa expectativa é consolidar os novos clientes e os resultados de 2019, mantendo a taxa de crescimento constante”, conta o executivo.
Com atuação em produtos de bem-estar e segurança, a empresa foca a ampliação do mix, que levará ao crescimento dos negócios Está previsto o lançamento do aromatizador elétrico de ambientes e de suas essências baseadas na aromaterapia, e, também, o novo alarme “do it yourself”, controlado por aplicativo, seguindo a linha do guardião.
O valor do dólar não afeta os negócios da empresa, afirma Francisco. “Há componentes importados nos produtos, mas as demais matérias-primas e a fabricação são brasileiras, o que aumenta a nossa competitividade. O grande problema é a flutuação do dólar e não seu alto valor. Na nossa concepção, um dólar entre R$ 3,70 e R$ 3,90 é bom patamar, desde que permaneça estável.”
PANASONIC
“O mercado também pode esperar a entrada da Panasonic em novos segmentos, nos quais não havia atuado até então.”
Para a Panasonic, o saldo de 2019 foi positivo, afirma Sergei Epof, diretor-executivo de marketing e da fábrica de Extrema (MG). “Conseguimos manter nossa estratégia de crescimento de dois dígitos em diferentes segmentos, como pilhas, linha branca, automotivo e B2B. Isso nos deu segurança para seguirmos investindo no Brasil, como fazemos há 52 anos. Registramos crescimento no faturamento, o que nos deixa otimistas, mesmo levando em conta a instabilidade do mercado.”
Em 2020, a empresa espera crescimento moderado no primeiro semestre e mais acelerado no segundo. “A expectativa é lançar produtos em várias categorias, como máquina de lavar e geladeira. Nosso time trabalhou muito para seguir inovando e trazer ao Brasil os grandes lançamentos do mundo, sempre com o cuidado de entender as necessidades locais. O mercado também pode esperar a entrada da Panasonic em novos segmentos, nos quais não havia atuado até então”, conta o diretor.
O consumidor está mais exigente e, assim, a tendência é por produtos com melhor performance. Nessa área a Panasonic está bem qualificada, pois seus produtos são benéficos ao meio ambiente ao garantirem baixo consumo de água e energia. Produtos conectados e com inteligência artificial estão ganhando espaço e ajudando o consumidor nas tarefas do dia a dia.
A Panasonic está trabalhando para manter o seu ritmo de crescimento dos últimos anos, afirma o diretor. “Conseguimos aumentar dois dígitos durante cinco anos consecutivos. Em relação ao dólar, a moeda com estabilidade seria o ideal. A flutuação sempre impacta o negócio, claro, mas o maior problema é a oscilação em curto período.”
POSITIVO TECNOLOGIA
“O ano foi bom, marcou o lançamento de nossos novos negócios, como a casa inteligente.”
A empresa constatou avanços na economia e melhores vendas de computadores em 2019, fruto da demanda reprimida. “Durante a crise, as vendas de computadores caíram 71% no Brasil, número muito maior do que os 29% registrados no mundo. O ano foi bom, marcou também o lançamento de nossos novos negócios, como a casa inteligente, cujas vendas vêm crescendo principalmente após a chegada da Alexa e do Google Assistant. Em janeiro último, lançamos novas ações, que foram muito bem recebidas pelo mercado”, diz Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Tecnologia.
Este ano, as expectativas são boas, com a possibilidade de o PIB crescer em torno de 2,5% se não surgirem adversidades externas e internas. Mas a flutuação do dólar preocupa. “No nosso caso, 90% da matéria-prima é dolarizada. O problema não é o fato de o valor da moeda estar alto ou baixo, mas sim a variação. A estabilização do dólar dá tranquilidade para a empresa trabalhar”, explica Hélio.
A evolução dos computadores e a da casa inteligente são tendências para 2020, conta o presidente. “Os aparelhos serão mais leves, com telas melhores e molduras finas. Em março, lançamos a linha de notebooks premium da marca Vaio. A marca Positivo, voltada à classe média, terá lançamentos em computadores e celular na Eletrolar Show. Também vamos consolidar a categoria de casa inteligente, com novas lâmpadas, fechaduras digitais e porteiros eletrônicos, sem fio e fáceis de usar.”
Em 2020, a Positivo Tecnologia, empresa forte em termos de vendas no grande varejo, dará continuidade ao trabalho que iniciou há um ano de expansão das suas marcas junto aos médios e pequenos varejistas. Em agosto de 2019, colocou a ação em prática no Sul do Brasil e, a partir de abril deste ano, ela será estendida para todo o País.
RED MOBILE
“A indústria da tecnologia é impactada pela oscilação do dólar, e o mercado não absorve a necessidade de repasse dos custos.”
Foi um ano muito especial para a empresa, afirma o presidente, Felipe T. Cavalcanti. “Foi marcado pelo crescimento e consolidação da marca Red em vários de nossos antigos parceiros. O segundo semestre marcou a entrada de vários players regionais, o que proporcionou visibilidade muito importante para a companhia em nível nacional. Tivemos crescimento forte no faturamento, muito acima do mercado.”
Na questão macroeconômica, 2019 carregou um peso muito forte. “Tivemos melhora significativa nos indicadores, mas o País carece de muitas medidas que proporcionem o retorno do investimento e, consequentemente, uma economia mais aquecida. Vejo 2020 com muita esperança. Pode ser o início do ciclo da retomada do crescimento, desde que as forças políticas busquem pacificar as diferenças em prol de reformas estruturantes”, diz Felipe.
Com o planejamento do ano já definido e perfis de clientes e necessidades mapeados para os lançamentos de 2020, a empresa está atenta às oportunidades que o mercado possa oferecer, conta o presidente. “Temos o grande desafio de manter o nível alto na qualidade do nosso serviço de pós-venda e o baixo índice de RMA, mesmo com escala maior de venda que planejamos para 2020 frente a 2019.”
Este ano, a Red Mobile quer superar os resultados de 2019, apesar de a indústria de tecnologia ser abastecida com componentes dolarizados. Assim, é muito impactada pela oscilação da moeda, o que traz muita vulnerabilidade ao negócio, pois o mercado, como diz Felipe, não absorve a necessidade de repasse dos custos. O valor ideal do dólar seria na casa dos R$ 3,80.
SAMSUNG
“Na categoria de TVs, pela primeira vez, o mercado cresceu sobre um ano de Copa do Mundo (2018), estimulado pelo interesse do consumidor por telas grandes e aparelhos mais sofisticados.”
O ano de 2019 foi surpreendente, diz Gustavo Assunção, vice-presidente da divisão de consumer electronics da Samsung Brasil. “Na categoria de TVs, pela primeira vez, o mercado cresceu sobre um ano de Copa do Mundo (2018), estimulado pelo interesse do consumidor por telas grandes e aparelhos mais sofisticados. Acredito que esse comportamento resultou de uma combinação vencedora: de um lado a Samsung trouxe produtos inovadores, como a QLED 8K e uma linha reformulada de TVs 4K e telas grandes, e de outro, a forte relação com seus parceiros, que foram competentes em levar esses modelos aos consumidores por meio de ofertas promocionais bem executadas.”
Na categoria de linha branca, também houve forte crescimento de vendas de refrigeradores e lavadoras da marca, conta Gustavo. “Os resultados alcançados em 2019 mostram amadurecimento do mercado brasileiro, que começa a demandar produtos mais avançados, com menor consumo de energia, e que proporcionem a melhor experiência de uso, principalmente na parte de conectividade com demais aparelhos.”
Este ano, a Samsung irá fortalecer o seu portfólio de TVs Lifestyle com o lançamento de novos formatos e a linha The Sero, recentemente anunciada na CES 2020. Dentre as demais iniciativas, estão a ampliação do portfólio de lavadoras conectadas, nova versão do refrigerador Family Hub, com recursos de inteligência artificial, automação para a cozinha e o lançamento de monitores para o público gamer.
Dentre os demais planos para 2020, está a intenção da empresa de ampliar investimentos em campanhas de geração de demanda, diz Gustavo. “Elas explicam os diferenciais de nossos produtos aos usuários e aumentam as vendas dos nossos parceiros de canal.”
SEMP TCL
“O ano de 2019 teve como destaque a entrada da marca TCL no segmento de condicionadores de ar e o lançamento de uma linha de televisores Android com inteligência artificial.”
O ano de 2019 foi muito positivo para a SEMP TCL, que consolidou a marca TCL no mercado brasileiro, diz seu presidente, Felipe Hennel Fay. “Em 2019, nós introduzimos a marca TCL no segmento de condicionadores de ar, lançamos uma linha de televisores Android com inteligência artificial e superamos nossa meta de faturamento. Em relação ao desempenho global da TCL, vale destacar que a empresa foi, pelo segundo ano consecutivo, a segunda maior fabricante de televisores do mundo.”
Na avaliação de Felipe, o câmbio prejudicou o planejamento e o resultado do setor em 2019. “A volatilidade excessiva do dólar dificulta a precificação dos produtos tanto para a indústria como para o varejo. Não é possível implementar os ajustes de preços na ponta na mesma intensidade que os custos variam em decorrência da oscilação do câmbio.”
Em 2020, a SEMP TCL terá novidades importantes. “Grande parte dos lançamentos que fizemos na CES será apresentada no Brasil a partir do segundo semestre. Neste ano, iremos patrocinar novamente a Copa América e continuaremos investindo nos territórios de surfe e futebol através de nossos embaixadores. Estamos bastante otimistas para este ano. Embora tenha começado com uma puxada inesperada do dólar, nós manteremos nosso planejamento”, revela Felipe.
A empresa constata que há uma demanda reprimida no mercado interno e acredita que, tão logo a economia volte a reagir, todas as categorias de produtos serão beneficiadas.Uma menor volatilidade do dólar proporcionaria maior segurança às empresas e ajudaria na retomada dos investimentos.
TENDA TECNOLOGIA DO BRASIL
“Empresa duplicou a sua participação no mercado, em 2019.”
Um ano de altos e baixos, mas extremamente positivo para a Tenda Tecnologia do Brasil, que duplicou sua participação no mercado, conta o CEO, Cary Cao Yaunda. “Nossa marca ganhou muita força no Nordeste e, aos poucos, tem se tornado relevante em outros estados do País. O ano marcou também o início do nosso time de sell out, dedicado a auxiliar os parceiros na distribuição interna dos nossos modelos.” O faturamento foi maior que o de 2018.
Para as empresas de capital estrangeiro no País, a alta sensibilidade do mercado nacional em relação às variações do dólar é um grande problema, diz Cary. “Mesmo assim, tanto para a China quanto para a Tenda Tecnologia, o Brasil é visto como um grande parceiro e local estratégico para o desenvolvimento da marca e negócios.” Suas expectativas são otimistas para este ano.
Em 2020, a Tenda planeja incluir 12 novos produtos em seu portfólio e diversificar a linha, com câmeras de segurança, adianta o CEO “Queremos aumentar nossa participação de mercado e desenvolver projetos para PMEs e ISPs, para atender todos os canais. Investiremos em campanhas de marketing e, principalmente, em branding.”
Os principais itens da empresa, como roteadores, modems, switches, produtos SMB e a linha MESH, manterão suas vantagens competitivas, como os sete anos de garantia, maior taxa de transferência, maior área de cobertura e intensidade de sinal, instalação em menos de 30 segundos e controle por aplicativo – tudo isso aliado ao centro tecnológico com mais de 1.000 engenheiros de TI e rigoroso sistema de controle de qualidade, que resulta em um baixíssimo índice de RMA.
TRAMONTINA
“Empresa atualiza seu parque industrial e investe em tecnologia, inovação e automação.”
De modo geral, o ano foi positivo para a empresa. “Atingimos as metas propostas no planejamento estratégico, consolidamos novas linhas de produtos e seguimos no caminho da inovação, investindo em tecnologia, equipamentos e lançamento para ampliar a participação no mercado. O faturamento foi superior ao de 2018”, diz o presidente do conselho de administração, Clovis Tramontina.
O mercado, no entanto, teve certa retração devido a fatores como o aumento dos fretes e a instabilidade gerada pela situação política e econômica do País, conta Clovis. “São eles, também, o motivo para o aumento de estoque e readequação da fábrica à atual demanda, mas é visível que o País vive um momento muito importante na busca de eficiência, diminuição do Estado, aumento de competitividade e maior liberalismo na economia.”
Este ano, a Tramontina atualiza tecnologicamente seu parque industrial, investe em inovação e automação e aposta na descentralização e na especialização para produzir e entregar produtos e serviços de excelência. Apresenta novidades, já no início de 2020, nos segmentos de utensílios e eletros, caso da coifa mais silenciosa do País.
A perspectiva da empresa é crescer 17%, adianta Clovis. “Acreditamos na retomada da economia brasileira, principalmente da construção civil, grande geradora de empregos, pois os índices são positivos e nos permitem ser otimistas e realistas.” Com atuação em mais de 120 países, a Tramontina classifica a questão do dólar como bastante relativa. “Pode afetar o mercado interno, mas ser favorável para o externo”, observa o presidente do conselho.
VENTISILVA
“Imbuídos de grande otimismo, colocamos para 2020 uma meta um pouco mais agressiva.”
A Metalúrgica Ventisilva obteve em 2019 um crescimento significativo em relação a 2018, devido à maior demanda resultante das altas temperaturas. “Podemos considerar uma grande vitória”, afirma Miriam Mezher Silva, sócia-diretora. “Imbuídos de grande otimismo, colocamos para 2020 uma meta um pouco mais agressiva, pois acreditamos que o “desabastecimento” em que toda a indústria e comércio se encontravam nos últimos anos gerou este impulso nas vendas de 2019 e deverá manter-se ao longo deste ano.”
No início do segundo semestre, a empresa adquiriu uma máquina de corte a laser que permitirá fazer cortes mais rápidos e precisos, conta Miriam. “Reduzirá sensivelmente o nosso lead time de produção, visando sempre o aumento da produtividade, com melhor qualidade, e buscando manter a liderança nos segmentos de ventiladores, exaustores e microventiladores.”
A Metalúrgica Ventisilva, que completa 63 anos em 2020, também está investindo no marketing digital como ferramenta para atingir o público ligado nas redes sociais. O objetivo é divulgar a sua marca, genuinamente brasileira.
Para a sócia-diretora da empresa, uma política governamental estável, que inspire confiança na indústria em geral, permitirá planejar investimentos, com índices confiáveis. “Contamos com a aprovação da reforma tributária, que permitirá a consolidação em um único imposto e a queda do ICMS-ST. Na exportação, precisamos de incentivos e facilitadores para que possamos incrementar a comercialização de nossa linha de produtos, principalmente nas Américas Central e do Sul.”
X-ONE
“Se voltarmos a manter o dólar estável em R$ 3,80, trabalharemos com mais tranquilidade.”
A empresa cresceu 220%, afirma Breno França, diretor de marketing e vendas. “Sem dúvida, foi um ano bem positivo para a X-ONE. Não resumimos isso somente a faturamento, pois nossa capilaridade triplicou na comparação proporcional com a fundação da empresa, em outubro de 2018.”
O ano de 2019 também foi desafiador, independentemente do crescimento da empresa, lembra Breno. “Somos importadores, e a instabilidade política ainda assola o País, refletindo-se diretamente o câmbio e, consequentemente, o custo de nossos produtos. Por mais que isso tenha afetado a nossa rentabilidade, não repassamos qualquer aumento aos clientes. 2020 é o nosso ano. Nossa meta é novamente dobrar o faturamento”, conta Breno.
Em 2019, a X-One vai lançar quatro novos SKUs na feira Eletrolar Show. Também vai investir em marketing e dar novo direcionamento ao seu departamento comercial e ao pós-venda, procurando melhorar a solução para seus clientes em qualidade, preço e garantia. Um de seus orgulhos é não ter reclamação de produtos nas redes sociais nem em sites destinados a esse fim.
O ano de 2020 começou mostrando crescimento para a empresa, mas o dólar ainda é um fator preocupante. “O dólar é o nosso grande vilão, mas com um planejamento financeiro bem estruturado, conseguiremos driblar essa oscilação diária. Se voltarmos a manter o dólar estável em R$ 3,80, trabalharemos com mais tranquilidade.”
Fonte: Revista Eletrolar News ed. 135