É HORA DE INICIARMOS A RETOMADA
Perto de completar 120 dias dos efeitos em escala produzidos pela chegada da pandemia do novo coronavírus ao Brasil, a economia brasileira vive uma realidade menos caótica e com sinais de uma tímida recuperação da sua atividade.
Dados da última pesquisa do IBGE apontam uma expansão de 13,9% nas vendas do varejo em maio, comparando com os resultados aferidos em abril. Ainda assim, apesar do resultado, os indicadores não são suficientes para a recuperação do comércio de sucessivas perdas acumuladas em março e abril, que somam aproximadamente 20%. Na comparação com maio de 2019, as vendas registraram queda de 7,2%, a terceira consecutiva, evidenciando o nível baixo da atividade econômica do País.
Mesmo apresentando um impacto muito sutil, esses sinais macroeconômicos acabaram influenciando os resultados do setor eletroeletrônico de maio, e a demanda gerou um incremento de produção. Ainda assim, sem dúvida, estamos muito aquém dos índices registrados em um passado recente.
Não obstante o olhar sempre confiante na retomada da nossa economia, a realidade é que hoje estamos bem próximos do que produzíamos em 2015, quando vivíamos a severa recessão ocorrida entre os anos de 2015 e 2016.
Somos sempre confiantes nas recuperações econômicas às quais o nosso país, periodicamente, é submetido. Mas, como sempre, não podemos descansar enquanto não avistarmos um horizonte seguro para a renda do trabalhador, a saúde do cidadão e a sustentabilidade do setor produtivo.
Com tudo isso, não podemos deixar de destacar também que a combinação positiva de fatores, ou seja, uma leve recuperação econômica associada à diminuição da curva de contágio, é alentadora. Mas o legado dessa grave crise histórica ainda precisará ser foco e pauta das muitas políticas públicas estruturantes que visam reerguer o nosso País e incluí-lo num cenário mundial em que a capacidade de produção e de geração de renda serão os grandes diferenciais para a atração de negócios, investimentos e desenvolvimento.
Se nos últimos meses as medidas emergenciais focadas na manutenção dos empregos e do crédito foram fundamentais para chegarmos até aqui, apesar de suas limitações, talvez seja o momento de o Poder Público sinalizar claramente quais são os planos para estimular a atividade econômica.
Fonte: Revista Eletrolar News 137