As principais lideranças da indústria, do varejo, de distribuição e de serviços revelam seus projetos e expectativas para 2023.
Uma opinião é unânime: os três pontos acima são essenciais para o País se modernizar.
Por Leda Cavalcanti
Desafios e oportunidades vão caminhar juntos em 2023, na opinião da maior parte dos entrevistados desta edição. Há cautela e, ao mesmo tempo, confiança. O cenário econômico mundial, duramente afetado pela pandemia e agravado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, é uma preocupação de todas as empresas.
Apesar dessas dificuldades, o Brasil precisa avançar. É fundamental abandonar antigas práticas e proporcionar às empresas e aos cidadãos estabilidade, transparência e reformas que já deveriam ter sido feitas há bom tempo. A burocracia não cabe, hoje, nem no governo nem nas empresas, esta é uma realidade.
Em sua totalidade, os entrevistados esperam por uma reforma tributária que acabe com a complexidade do atual sistema, com suas várias alíquotas e privilégios, por meio de benefícios fiscais. O conjunto desses fatores aumenta o Custo Brasil, diminui a competitividade e retarda o investimento em educação, pesquisa e tecnologia.
ALLIED
Este ano traz oportunidades e desafios, diz o CEO, Silvio Stagni. “De um lado, há um consumidor com alto endividamento e inflação significativa. De outro, o mercado de tecnologia traz novidades que fomentam o consumo. Em celulares, veremos expansão da base de 5G. Em videogames, maior oferta. E em TVs, inovações e preços mais acessíveis. Esses fatores podem contribuir para o mercado de eletrônicos.”
Com as dimensões do Brasil, o distribuidor é essencial para disponibilizar eletrônicos aos milhares de varejos. Assim, o mercado é forte. A empresa quer manter o crescimento de seus canais. “Temos como foco expandir a nossa marca Trocafy, plataforma voltada à venda de produtos recondicionados com a garantia Allied”, conta o CEO.
Também iniciou a expansão internacional por meio de uma empresa sediada em Miami (EUA). “Pretendemos alavancar parcerias e prospectar novos produtos alinhados a tendências internacionais para possível importação. E entramos com protocolo perante o BACEN para criar uma Sociedade de Crédito Direto, que vai operar com a plataforma de financiamento Soudi”, diz Silvio.
FANCY
O ano de 2023 promete ser ainda melhor que 2022, que foi marcado por muito trabalho e conquista dos objetivos, diz a diretora comercial, Cindy Pan. “A nossa expectativa, neste ano, é expandir o alcance da marca em todo o Brasil. As estratégias de conteúdo e marketing passarão a ter relevância maior, tornando-se uma saída para muitos desafios que virão pela frente.”
Em 2023, as metas essenciais incluem captação de clientes e fidelização, aumento do faturamento e da produtividade, a busca pela inovação e a redução de custos sem perda da qualidade. “Um desafio será como se destacar em meio a tanta concorrência, cativando os clientes e criando conexões”, conta Cindy.
Hoje em dia, não há nenhuma garantia de que um negócio dará certo no longo prazo, diz a diretora. “Os avanços tecnológicos e científicos reduzem o ciclo de vida de muitos produtos e serviços. Além disso, modelos de negócios mudam rapidamente, e novos competidores aparecem. Não é fácil garantir o crescimento e a rentabilidade.”
GRUPO FUJIOKA
Sua expectativa é crescer no faturamento ante 2022, mas não em função da economia, diz o presidente e fundador do grupo, Teruo Fujioka. “O mercado de consumo tende a ser bastante desafiador, principalmente pela perspectiva de dificuldade de crédito por parte de seguradoras e bancos. Mas estamos otimistas devido aos novos segmentos, fornecedores e categorias de produtos, em particular na linha de informática, em que buscamos fazer a diferença.”
Em 2023, a Fujioka quer ampliar o mix de produtos e serviços na área de tecnologia. “Estaremos com todos os nossos canais de vendas voltados ao atendimento do mercado B2B e a positivar o maior número de clientes. Vamos focar no aumento da capilaridade. O mercado cresceu muito na pandemia e, agora, as pessoas sentem a necessidade de dar um upgrade nos seus produtos”, conta.
Medidas econômicas para a concessão de linhas de crédito ao pequeno e médio empresário são importantes numa época de consumo não tão aquecido, diz Teruo. “Os lojistas têm dificuldade de obter essas linhas para alavancar os negócios. Sem falar na burocracia, que ainda é muito grande.”
HPRIME
A expectativa da empresa, sempre, é a de superar o crescimento do ano anterior, conta o diretor comercial, Felipe Almeida. “O ano de 2023 já vem comprovando isso. Os principais desafios, sem dúvida, estão relacionados às instabilidades do mercado devido ao cenário econômico mundial.”
Com investimento constante em tecnologia, a empresa atende às necessidades do mercado com lançamentos de produtos e serviços. “A nossa participação na Eletrolar Show já está consagrada no calendário oficial da HPrime. Temos, também, intensa programação direcionada a treinamentos e ações de relacionamento com a marca, como o HPrime Experience, que acontece no primeiro semestre de cada ano”, diz Felipe.
Inserida em um mercado competitivo e bastante pulverizado, a empresa acredita que algumas medidas podem contribuir para o setor, explica o diretor comercial. Por exemplo, ações que ataquem o custo, como desoneração de encargos, especialmente no que diz respeito ao transporte e à logística.”
KIMASTER
Acredita que em 2023 terá desempenho mais positivo em relação a 2022, diz a CEO, Sisi Hong. “O mercado tem uma nova realidade, com desafios para os quais nos preparamos desde o ano passado, em TI e em novas soluções de atendimento, captação e retenção. Os maiores desafios estão na prestação de serviços, na parte logística e na combinação de boas soluções com agilidade.”
Maior investimento de empresas privadas ou públicas em logística seria importante para o setor, pois ainda há muito espaço para crescer no mercado brasileiro. “Impactaria também outros segmentos, ajudaria na redução de processos e daria rapidez às entregas”, avalia Sisi.
“O setor de tecnologia cresce e evolui de modo constante. Temos de nos adaptar às mudanças para nos destacarmos no mercado.” Neste ano, a empresa programa novos produtos e investimentos no relacionamento com os clientes e em estratégias de expansão. O aumento de vendas no mercado interno será incentivado com o marketing digital
KINGSTON BRASIL
Mais uma vez, o ano será desafiador, diz Paulo Vizaco, diretor-executivo da Kingston Brasil e diretor de etail para Latam. “Buscaremos ampliar a oferta de produtos, trazendo o lineup completo de memória e armazenamento aos clientes, pessoas físicas e corporativos, de todo o Brasil. Trabalhamos diariamente com os parceiros para garantir que todas as necessidades em hardware sejam atendidas.”
Em 2023, terá novidades. “A empresa está sempre focada em oferecer ao cliente brasileiro a tecnologia up to date. Em 2023, traremos mais novidades nas nossas linhas flash, SSD, memória DRAM e, também, linha de hardware criptografado Kingston IronKey”, conta Paulo.
Todos os mercados, inclusive o nosso, passaram por ajustes desde o início da pandemia, afirma o diretor. “As mudanças são a nossa única certeza e, por isso, é preciso ter foco no cliente e um time motivado a buscar resultados a curto, médio e longo prazo.”
SOLUTIONS 2 GO BRASIL
A visão é positiva em 2023, diz o diretor, Glauco Bueno. “Nossa expectativa é crescer no faturamento em duas vertentes: orgânica, nas linhas de produtos atuais, e com a introdução de novos itens no portfólio. Vamos continuar nossa expansão junto ao varejo regional, reforçar a presença nas grandes redes nacionais, fazer parcerias com grandes marcas internacionais para ampliar o portfólio e atuar em canais complementares.”
Um dos maiores desafios do ano é a concessão de aumento dos limites de créditos ao varejo. “A situação atual do varejo brasileiro é desafiadora. Os anúncios de recuperação judicial de importantes players têm feito com que as seguradoras estejam mais cautelosas, e isso pode vir a ser um desafio para o crescimento”, explica Glauco.
O diretor espera sinais consistentes do governo quanto às reformas e aos rumos da economia. “O mercado necessita que haja maior circulação de dinheiro e aumento do poder de compra. A insegurança jurídica preocupa, logo simplificação fiscal, regras claras para todos e maior fiscalização tendem a minimizar os impactos que hoje prejudicam empresas que seguem as leis.
RCELL
Tem visão positiva para 2023, diz o CMO, Alexandre Della Volpe Elias. “Desde 2021, a Rcell vem se ajustando ao novo modelo de consumo. As vendas no universo digital aumentaram muito, e a produção mundial voltou ao patamar de 2019, o que gera expectativa de crescimento. Mas ainda há muitos fatores a considerar, como a economia global, a concorrência, a inovação tecnológica e a regulamentação governamental.”
A empresa investiu na Maverick Inc., unidade de negócios apta a atender o mercado através de inovação, marketing e excelência operacional. “Investimos também em tecnologia de ponta, o que inclui a implementação de ferramentas de automação, inteligência artificial e soluções de segurança cibernética”, conta Alexandre.
O mercado de eletroeletrônicos brasileiro tem passado por momentos delicados, que envolvem desde a cadeia de produção até o varejo, diz o executivo. “No entanto, com a crescente demanda por dispositivos eletrônicos em todo o mundo e a rápida evolução da tecnologia, o mercado de distribuição de produtos do segmento e os smartphones têm boas perspectivas de crescimento.”
SOMECO
Há otimismo quanto à retomada do consumo a partir do segundo trimestre de 2023, diz o diretor-geral, Marcelo Palacios. A médio prazo, a política de aumento do gasto público deverá ser financiada mediante a expansão da base monetária e criará grandes desafios no combate à inflação e à alta de juros. Mas, a curto prazo, terá efeito favorável ao mercado de consumo.”
A empresa prevê aumento de dois dígitos no faturamento ante 2022, sendo seu principal driver o processo de relançamento da Telefunken e Blaupunkt. Isso a levou a conquistar participação nos segmentos mid e high end de várias categorias de eletroportáteis. Um dos destaques de 2023 será a nova linha de air fryers. No caso de Blaupunkt, prevê lançar hidrolavadoras no primeiro quadrimestre.
Para desenvolver o setor, é vital uma ampla reforma tributária, diz Marcelo. “A simplificação da estrutura de impostos e a unificação das diferentes camadas que compõem o sistema tributário brasileiro são essenciais para reduzir as incertezas da indústria e do varejo, que têm causado o aumento progressivo do Custo Brasil.”
SUMMERLAND
A empresa espera mais um ano de constante crescimento, com muito trabalho, conquistas, novas parcerias de sucesso e, consequentemente, um faturamento superior ao do ano passado, diz o diretor Hicham A. Hamze. “Quanto aos desafios, é importante nos mantermos sempre à frente, oferecendo as melhores soluções e condições aos nossos clientes.”
Este ano, a Summerland fará lançamentos surpreendentes. “Inclusive no que diz respeito às películas de proteção e às capas para smartphones. O mercado está em crescimento e busca inovação e produtos diferenciados, com alto padrão de qualidade”, conta Hicham.
Na opinião do diretor, o Brasil precisa avançar em diversas áreas, mas, para o segmento de eletros, ele acredita que a reforma tributária seja uma das mais importantes. “Uma das medidas para alavancar o setor seria a redução de impostos e a simplificação de financiamento.
TS SHARA
Está otimista para expandir a operação em 2023 e oferecer novidades em dispositivos de proteção de energia crítica, diz o CEO, Pedro Al Shara. “A expectativa é crescer acima de 10% no faturamento ante 2022. Planejamos lançamentos para mitigar os problemas relacionados ao mercado de energia crítica no Brasil, com destaque aos nobreaks que atendam o âmbito corporativo, residências e pequenos e médios negócios.”
Com o aumento expressivo do consumo de eletricidade nos próximos anos, a demanda pela produção de energia limpa se faz urgente e traz oportunidades ao setor. “Dentre elas, o desenvolvimento de nossas soluções inteligentes de proteção de energia, essenciais para garantir a integridade das redes e serviços”, diz o CEO.
As mudanças em torno da política de distribuição de renda, articulação de reformas estruturais e equilíbrio do orçamento devem dominar a nova realidade brasileira, conta Pedro. “Esperamos avanços das reformas administrativa e tributária, a fim de baixar o custo de retorno de investimento para indústria e infraestrutura, que são alicerces para o crescimento do País.”
USINA DE VENDAS
Espera que 2023 seja de retomada do crescimento, diz o diretor-geral, Marcos Palma. “Enxergamos grande oportunidade no mercado de smartphones pelo aumento de cobertura da rede 5G, que incentivará a troca de aparelhos. O desafio do ano será a concessão de crédito aos varejistas, especialmente alcançar a cobertura das seguradoras de crédito, uma vez que o mercado atravessa forte crise de confiança e liquidez.”
O mercado de distribuição de tecnologia é de poucos players altamente especializados. “Principalmente quando se trata de smartphones, é de intensive networking capital, com margens apertadas e a necessidade de alta eficiência operacional”, explica Marcos.
Para o executivo, o governo deveria desenvolver políticas públicas que possibilitem o retorno das classes C, D e E ao consumo de bens duráveis. “Isso movimentaria toda a cadeia produtiva e geraria empregos e bem-estar social. Estamos trabalhando no desenvolvimento de uma solução de crédito que suporte os clientes de pequeno e médio porte”, conta Marcos.
ATLAS SISTEMAS ANTIFURTO
Iniciou 2023 com estimativa de crescimento de 30% ante 2022, diz o diretor comercial, Enori Emmert. “O consumidor está omnichannel, voltou a frequentar lojas físicas para pesquisas de preço ou para compra final e isso é muito importante para nós. Atuamos diretamente com esse ponto de contato físico do varejista com o consumidor.”
O maior desafio é a instabilidade econômica, que deixa o consumidor inseguro para compras mais expressivas. “É preciso, também, manter a taxa de juros baixa para que o dinheiro gire cada vez mais, atraia novos investimentos ao setor e aqueça o nosso mercado”, conta Enori.
BRIGHT
Em 2002, já vinha em processo de rampagem com novos investimentos estruturais de marca e logística, dobrando o line-up de produtos, diz o diretor comercial, Antonio Carvalho Junior. “Em 2023, continuaremos com esse movimento, esperando crescimento acima de 40%. Aumentaremos nosso mix em mais 40 SKUs.”
O mercado é crescente, principalmente em gamers, em que a Bright investe bastante. No geral, toda a linha de info está em processo de aperfeiçoamento. “Em 2023, investiremos no crescimento da marca, com forte prospecção de mercado e ganho de share. Também trabalharemos muito em canais digitais”, conta Antonio.
DEVIA BRASIL
A expectativa para 2023 é de crescimento relevante em market share, diz a CEO, Daniela Ayres. “Em 2022, investimos forte em marketing para disseminar a marca pelo Brasil. Continuamos com o investimento, com o estímulo aos fornecedores e o incentivo à concorrência, um fator para a redução do preço do frete.”
Buscar inovações é um princípio da Devia. “Há alguns anos, o lojista que ocupava grande espaço de sua loja com películas de modelos de aparelhos que ficariam defasados em seis meses não imaginaria que viria a existir uma máquina para cortar a película para o cliente, na hora, evitando a necessidade de grande estoque e a defasagem a médio prazo”, conta a CEO.
GAABOR
Iniciou suas operações de vendas no Brasil em setembro de 2022 e fechou o ano fiscal com faturamento de R$ 15 milhões. “A marca já é altamente reconhecida no mercado asiático, e o ano fiscal de 2023 será de aceleração do nosso crescimento”, conta Rafael Quiroz, líder da empresa no País.
A Gaabor aposta na oferta personalizada como base para a diferenciação. Este será o ano da formação de sua rede de canais e fortalecimento da estrutura de cuidados com os clientes. “Continuaremos na busca por parceiros com forte espírito de trabalho de longo prazo e construção de ganhos mútuos”, diz Rafael.
GOLDENTEC
Começou 2023 com novo posicionamento da marca, conta o COO, Olivio Mont´Alverne. “Vamos expandir o portfólio, que deve crescer 50% com novas linhas e categorias de produtos. Os canais de vendas abrangerão todo o território nacional. A estimativa de crescimento da empresa é de aproximadamente 70% em relação a 2022.”
Neste ano, a Goldentec terá novidades em várias categorias, entre elas eletrodomésticos, gamer, mobile, casa conectada, solar, automação comercial e energia. “Outro foco da empresa é a expansão de sua fábrica no Brasil e o aumento do número de produtos fabricados localmente”, diz o COO.
HÄNDZ
A empresa acredita que 2023 será melhor que 2022, diz o CEO, Rodrigo Lacerda André. “Mais de 50 produtos serão lançados, todos com uma pegada de sustentabilidade, design e tecnologia. O faturamento previsto é para ser 50% maior que o de 2022.”
Os desafios, porém, continuam sendo a burocracia, o mercado externo e a economia do País. O mercado tem tudo para crescer, pois as pessoas estão cada dia mais conectadas e tomando melhores decisões na hora da compra, afirma Rodrigo. Este ano, o executivo quer aumentar a distribuição de seus produtos exclusivos em todo o território nacional.
KAIDI
A expectativa para 2023 é bastante otimista, diz o CEO, Marcelo Peng. “Buscamos aumentar o faturamento e prospectar novas parcerias em âmbito nacional. Os maiores desafios serão a adaptação ao cenário econômico e a reestruturação interna para atender melhor ao crescimento da demanda.”
Em 2023, o grupo Kaidi lança, na feira Eletrolar Show, a sua nova marca de eletrônicos, chamada Chis. “Ela terá conceito e personalidade diferenciados e elevado custo-benefício. As duas marcas, Kaidi e Chis, terão lançamentos de produtos inovadores”, conta Marcelo, para quem o setor está repleto de oportunidades.
LETRON
A previsão para 2023 é de 35% de crescimento, diz o diretor de negócios, Edson Cardoso Teixeira. “Acreditamos na retomada plena do mercado, impulsionada por novos hábitos e formas de consumo. Um grande desafio é entender a expectativa do consumidor e corresponder a ela com velocidade.”
A marca iniciou o ano com ações, como road shows, em regiões do País, para aumentar a participação da categoria de eletrônicos no portfólio do Grupo Leonora, ao qual pertence. “O consumidor está ávido por inovação, novas tecnologias e produtos. Com a Letron, agregamos estilo, funcionalidade e preço acessível”, conta Edson.
MOX DOTCELL
Trabalha para aumentar em 18% o faturamento, no mínimo, em relação a 2022, conta o presidente e CEO, Hassan Ali Abdallah. “Nos dois primeiros meses de 2023, o cenário foi mais positivo graças ao nosso trabalho, à qualidade dos produtos e à equipe de vendas. Isso mantém a fidelidade de nossos clientes.”
Neste ano, a empresa investe em muitos novos produtos, diz Hassan. “Triplicamos o investimento em marketing para fortalecer mais as nossas marcas. Faremos vários eventos e, pela 12ª vez, vamos expor na Eletrolar Show.” Para o CEO, a carga tributária penaliza as empresas, que enfrentam, também, problema de infraestrutura e custo do transporte.
NEWEX/OEX
Com a marca OEX, tem expectativa de crescimento maior em 2023 ante 2022, conta o diretor-executivo, Marcelo Sztajn. “Há, porém, grandes desafios no cenário econômico, como as taxas de juros. É preciso que o governo ajude com incentivos e que haja redução dessas taxas.”
O mercado é disputado, e há muitos produtos que são commodities, diz Marcelo. “Mas temos muitas oportunidades com produtos diferenciados, garantia estendida e equipe extremamente técnica para auxiliar os clientes. Em 2023, teremos ações com embaixadores da marca, promoções exclusivas aos nossos clientes e lojistas, e participação em feiras.”
SANTANA IMPORT
Em 2023, pretende aumentar a presença no grande varejo e solidificar a liderança no pequeno especializado, diz o CEO, Rodrigo Martins. “O objetivo é crescer 30% sobre 2022. Teremos muitas novidades, como o lançamento de tecnologias que ainda não existem aqui e produtos licenciados. Os desafios estão ligados a fatores externos.”
O mercado em si sempre abre novas oportunidades, conta o CEO. “Mas, por seu dinamismo, há o risco de obsolescência. Por isso estamos muito atentos às inovações.” Em sua opinião, a reforma tributária é a mais importante neste momento, pois o emaranhado fiscal atrapalha a evolução do comércio.
X-ONE
Será um ano muito importante, diz o CEO, Breno França. “O alinhamento interno com metas para todos os setores da empresa terá como objetivo a integração e o foco na melhor experiência para o consumidor. Teremos lançamentos, crescimento estrutural e inovação. A meta é crescer mais que o dobro ante 2022.”
A oscilação atual no varejo afeta o negócio quanto à constância de crescimento. “Mas o número de aparelhos da marca Apple, à qual nossos produtos são destinados, vem ganhando força no mercado nacional, projetando ainda mais nossas vendas”, conta o CEO. Para ele, a parametrização de impostos estaduais tornaria o mercado de distribuição mais saudável e competitivo.
XTRACER
Desafiador, mas muito promissor. É assim que a diretora de marketing, Michelle Tondinelli, define 2023. “O cenário econômico mundial é o maior desafio. Mesmo assim, vamos crescer consideravelmente. Neste ano, teremos muitas novidades e vamos expandir a marca em algumas categorias.”
A empresa, que atua com cadeira gamer e office, oferece diversas opções de modelos. “O objetivo é agradar a diversos perfis e preferências em um mercado com muito potencial de crescimento, mas exigente. Entrar nele requer experiência e profissionalismo”, afirma a executiva.
YGGY
Está com projeções otimistas para 2023, conta o CEO, Nicolas Galvão. “Vamos consolidar de vez nossa marca no mercado de acessórios eletrônicos e firmar parcerias em todos os estados do Brasil. Temos convicção de que iremos superar amplamente o nosso faturamento de 2022.”
A principal ação deste ano será a estreia na Eletrolar Show, comemorando os dois anos da Yggy. “Também vamos expandir o portfólio e o nosso Projeto Yggy – Amigo da Floresta, em parceria com a ONG Iniciativa Verde. Destinamos parte do nosso faturamento para o reflorestamento de áreas desmatadas da Mata Atlântica”, diz o CEO.
Fonte: Revista Eletrolar News #153