ACSP: defesa dos empreendedores e da iniciativa privada
Perto de completar 130 anos de atuação, a Associação Comercial de São Paulo luta por menos burocracia e redução da carga tributária.
por Leda Cavalcanti
A defesa da livre iniciativa e do empreendedorismo são bandeiras da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a mais antiga entidade de classe da capital paulista, que completa, em 17 de dezembro de 2024, 130 anos de atividades. “Não recebemos incentivo federal. Defendemos sem nenhuma preocupação tudo o que for da economia privada, pois é ela que gera emprego e renda”, diz seu presidente, Roberto Mateus Ordine.
Sua atuação na luta pela diminuição da burocracia, redução da carga tributária, difusão do crédito para os pequenos comerciantes e criação de políticas públicas para estimular os negócios é reconhecida e ultrapassou as fronteiras de São Paulo. Na capital paulista, tem mais de 15 mil associados, cerca de 250 mil no Estado de São Paulo e acima de 500 mil no Brasil.
Serviços
A ACSP desenvolve seu trabalho como intermediária das demandas dos empresários aos governantes. “Somos a voz do empreendedor junto à sociedade”, afirma o presidente. Entre suas conquistas estão a aprovação do Cadastro Positivo, a extinção da CPMF e a aprovação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que deu origem ao Simples Nacional.
Para os pequenos e microempresários, a ACSP tem uma Junta Comercial em sua sede, no centro de São Paulo, que atende proteção de marca e importação legal. No caso de defesa, esta é feita através de uma câmara de arbitragem sem precisar recorrer ao Judiciário. Também tem parceria com o Tribunal de Justiça e, em frente à sua sede, está instalada uma vara de pequenas empresas. Isso resulta em mais rapidez no processo, e a associação dá todo o suporte.
Com o intuito de aprimorar os profissionais, criou a Faculdade do Comércio, com cursos de graduação, pós-graduação e técnicos. Além disso, promove as datas comerciais e apoia as promoções de lojas. Une comerciantes e consumidores com informações e orientações, inclusive sobre preços, conta Roberto. “A ACSP é uma prestadora de serviços e um braço do comerciante.”
Empreender é difícil em qualquer lugar do mundo. “O indivíduo é um desbravador, enfrenta todas as dificuldades”, diz o presidente, que classifica o varejo como um ponto de encontro, especialmente nos dias atuais, quando as lojas vão se aperfeiçoando e muitas contam com um café e espaço de lazer. “As lojas físicas têm o atrativo da sociabilidade e a orientação técnica. Permitem o contato olho no olho, isso não tem preço.”
Neste ano, a Associação Comercial de São Paulo dá apoio institucional à 17ª Eletrolar Show. “A feira é uma intermediária entre fabricantes e varejistas. Queremos ter uma relação mais próxima com a área de eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Temos grande interesse em orientar e mostrar a importância dos produtos”, diz Roberto.
Fonte: Revista Eletrolar News – Edição #161