A CASA EM 1º LUGAR: Disparam as vendas online de produtos de uso doméstico
O canal online tem sido o maior aliado do varejo de bens duráveis nesse momento, revelam dados da empresa de pesquisas GfK. Em épocas normais (sem isolamento social), o canal online representa de 20 a 25% das vendas de bens duráveis. Nesta época de quarentena (semana de 30 de março a 05 de abril), representa 75% das vendas de duráveis em faturamento.
“Em linhas gerais, tivemos uma migração para o online. Hoje, ele é a tábua de salvação para reduzir as perdas das lojas físicas”, diz Fernando Baialuna, diretor da GfK, que também chama a atenção para a velocidade com que as lojas físicas criaram alternativas.
“Para citar dois exemplos, a Via Varejo treinou 22 mil funcionários para efetuarem vendas online para sua vizinhança e o Magazine Luiza abriu o marketplace para outros produtos, como alimentos. Para quem está navegando é uma jornada que pode converter na compra de outros produtos.”
Na opinião de Fernando, a Covid 19 é a oportunidade para acelerar a indústria e o varejo. “O aprendizado pós-crise não será perdido. As vendas no canal digital não têm mais volta. As empresas aprenderam com a experiência e começam a organizar sua logística.”
Os produtos mais vendidos são aqueles para utilização dentro de casa. Entre os que apresentam melhor performance estão aspiradores de pó, liquidificadores, fritadeiras, micro systems, ventiladores, tablets, ar-condicionado, tanquinhos, vídeo games e lavadoras para uso doméstico.
Os smartphones, símbolo da mobilidade, foram os que tiveram o pior desempenho, tanto na comparação dos meios físico/online (total mercado), quanto só no online.
Na análise apenas do meio online, produtos que vinham tendo desempenho muito fraco de vendas, tanto no meio físico como online, caso de tablets, aspiradores ou mesmo games, foram muito alavancados pelo isolamento social: aspiradores tiveram crescimento de 261%, tablets de 112% e games chegaram a patamares superiores a 70%.
No caso de televisores, por exemplo, na comparação entre o canal online, onde há um crescimento de 71%, no canal físico+online há uma queda de 37%, o que sugere que o desempenho seria muito pior, caso o online não performasse tão bem.