Varejo paulistano cresce 6% na primeira quinzena de dezembro
A movimentação no varejo paulistano da capital paulista foi 6,2% maior nos primeiros quinze dias de dezembro deste ano, se comparado com a mesma quantidade de dias do mesmo mês de 2020. Os dados são do Balanço de Vendas, indicador elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
A prévia do indicador apontou também um forte avanço sobre novembro deste ano: 32%. Já com relação aos mesmos quinze dias de dezembro de 2019, um mês sem pandemia, a movimentação ficou estável: -0,4%. “A elevação sobre novembro está dentro da normalidade. Com a retomada das atividades, o desempenho tende a aumentar. Já o aumento sobre o mesmo período do ano passado, deve-se lembrar que o comércio estava sob restrições de funcionamento”, explica Marcel Solimeo, economista da ACSP.
Segundo ele, a
expectativa para o mês se mantém positiva, principalmente pela injeção de
recursos do Auxílio Brasil e de parte do 13º salário. “Nós estimamos que
chegaremos aos 2% sobre 2019, o que significa recuperação do patamar das
vendas, e cerca de 10% sobre o ano passado nos próximos meses”.
Aumentam as transações sem dinheiro em espécie
A economia do varejo está sendo retomada aos poucos, mas de uma outra forma. A FIS, empresa global de tecnologia para o mercado financeiro, apresentou recentemente à equipe técnica do Conselho do Varejo (CDV), da ACSP, sua nova pesquisa que também mostra uma mudança de comportamento do consumidor que foi acelerada pela pandemia. Atualmente, 47% dos brasileiros afirmam terem reduzido a utilização do dinheiro em espécie.
O relatório denominado Pace Pulse 2021 contou com pesquisadores que ouviram cerca de 2.000 adultos brasileiros de cinco diferentes gerações, entre 18 e 74 anos de idade. Houve um comparativo de comportamento do consumidor brasileiro em dois momentos: outubro de 2020 e agosto de 2021. De acordo com o levantamento, em outubro de 2020, 36% das pessoas consultadas relataram que diminuíram os pagamentos em dinheiro ou cheques. Em agosto de 2021, esse percentual subiu para 47%.
Entre os períodos avaliados, a mudança mais significativa nos pagamentos digitais foi a dos pagamentos sem contato (por aproximação), que apresentou crescimento de 12% entre um ano e outro, saindo de 28% para 40%. Os pagamentos online e via aplicativos móveis também aumentaram, mas em ritmo menor, de 46%, em 2020, para 52%, em 2021.
Uma outra curiosidade é que 31% dos consumidores brasileiros passaram a usar com mais frequência os QR Codes. “Com o avanço da tecnologia para os meios de pagamento, essa tendência de deixar o dinheiro em espécie de lado para as compras era inevitável”, disse Roseli Garcia, vice-presidente da ACSP e coordenadora geral do Conselho do Varejo. “Mas a pandemia acelerou esse processo, porque, além de as pessoas se tornarem mais tecnológicas com naturalidade, elas passaram a evitar o contato com as notas e moedas a fim de evitar possível transmissão do coronavírus”, emendou.
Fonte: ACSP