E-commerce do Magazine Luiza cresce 56% no segundo semestre
O Magazine Luiza, uma das maiores plataformas digitais do varejo brasileiro, acaba de reportar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2019.
Após concluir seu processo de transformação digital, o Magalu adotou a estratégia de crescimento exponencial, com expansão acelerada da plataforma de Marketplace, a entrada da empresa em novas categorias de produtos, o desenvolvimento do superapp e o aumento da velocidade de entrega aos clientes. Os resultados financeiros e operacionais do segundo trimestre deste ano refletem a bem-sucedida execução dessa estratégia.
No período, o número de clientes ativos da companhia aumentou, organicamente, 27%. A aquisição da Netshoes, em junho, fez com que a base de clientes disparasse 53%, atingindo 22,3 milhões de consumidores — sendo 128% apenas no e-commerce.
Pelo 10º trimestre consecutivo, as vendas digitais registraram uma expansão acima de 50%. Na comparação com o mesmo período de 2018, o crescimento do e-commerce foi de 56%. O faturamento dos canais digitais atingiu, assim, R$ 2,4 bilhões no período, passando a representar 41% das vendas totais. Essa participação deve aumentar substancialmente nos próximos meses, com a contabilização integral do faturamento da Netshoes, líder brasileira no e-commerce de artigos esportivos, calçados e roupas. (No segundo trimestre, o balanço do Magazine Luiza incorporou apenas 15 dias de vendas da empresa.)
O crescimento em ritmo chinês do e-commerce do Magalu tem sido impulsionado, entre outros fatores, pelo desempenho do app de vendas e do marketplace. Atualmente, cerca de 12 milhões de clientes acessam o aplicativo do Magalu e das marcas Netshoes pelo menos uma vez por mês. Ainda em junho, poucos dias após o anúncio da aquisição da Netshoes, as lojas virtuais das marcas Netshoes (artigos esportivos) e Zattini (roupas) foram incorporadas ao app do Magalu — agregando 250 000 itens de estoque próprio, além de milhares de outros oferecidos pelos cerca de 1 000 sellers da Netshoes.
Os sellers incorporados com a compra da Netshoes reforçam a plataforma de marketplace do Magazine Luiza. Criado no final de 2016, o marketplace já representa 24% das vendas digitais da companhia. No trimestre, o faturamento da plataforma atingiu R$ 583 milhões — um crescimento de quase 290% em relação ao mesmo período de 2018. Em pouco mais de dois anos, o marketplace do Magalu atraiu 8 100 sellers, que juntos oferecem 7,5 milhões de itens, de 36 categorias diferentes. Desse total de parceiros digitais, cerca de 3 100 foram incorporados apenas entre abril e junho deste ano. No seis primeiros meses de 2019, o marketplace Magalu registrou R$ 1 bilhão em faturamento.
O crescimento acelerado da base de sellers, do sortimento e das vendas do marketplace fortalece a estrutura da companhia para desenvolver e escalar o chamado Magalu as a Service. Cerca de 60% dos lojistas parceiros já aderiram ao Magalu Entregas e mais de 130 deles usam os serviços de coleta e entrega de produtos ao cliente final por meio da Malha Luiza.
“São indicadores como esses que levam uma companhia a crescer em ritmo chinês”, diz Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza. “Como uma rede de lojas físicas, o Magalu levou 42 anos para atingir o primeiro bilhão de reais de faturamento. O e-commerce precisou de uma década para atingir esse mesmo nível de vendas. E foram necessários apenas dois anos para que nosso marketplace se tornasse uma operação de R$ 1 bilhão.”
A estratégia de expansão acelerada vem sendo acompanhada por maiores investimentos na qualidade e na velocidade dos serviços prestados aos clientes. A entrega expressa — realizada em até 48 horas — responde atualmente por 40% dos pedidos e atinge 290 cidades. E as entregas feitas em até um dia já estão implantadas em cidades da Grande São Paulo, Belo Horizonte e Campinas. Esses avanços foram possíveis graças à contribuição da Logbee, startup de tecnologia logística comprada pelo Magazine Luiza em 2018 e que hoje atua em mais de 100 cidades brasileiras.
A multicanalidade, marca do Magazine Luiza, também contribui de forma crucial para o aumento da velocidade de entrega e do nível de serviço prestado ao cliente. O sistema de Retira Loja, no qual compras digitais podem ser retiradas em todas as quase 1 000 unidades físicas do Magalu localizadas em 16 estados, equivale atualmente a 35% das entregas. Desde 2018, as lojas físicas estão sendo transformadas em centros remotos de distribuição. Nos próximos meses, esse modelo de integração total entre o e-commerce e as lojas físicas passará a fazer parte da operação da Netshoes, com ganhos operacionais e de qualidade de serviço.
Entre abril e junho, as vendas das lojas físicas aumentaram 9%. Um dos destaques do período foi a campanha Smartphoniza Brasil, que incentivou o cliente a trocar seu celular usado por um aparelho novo e com mais funcionalidades.
No período, a Luizacred, financeira do Magalu, registrou sua maior taxa de crescimento da receita em cinco anos: 51,4%. A carteira atingiu R$ 9,5 bilhões no final de junho, um aumento de 44% em relação ao mesmo período do ano passado. A base do Cartão Luiza cresceu 24%. Agora, são 4,6 milhões de cartões em operação, utilizados tanto nas lojas do Magazine Luiza quanto em outros pontos de venda.
Resultados Financeiros
Entre abril e junho, as vendas totais do Magalu atingiram R$ 5,7 bilhões – 24,4% acima do registrado no mesmo período de 2018, quando a promoção Sai Zica, que estimulava o consumidor a trocar a TV para a Copa do Mundo, resultou na venda recorde de 1 milhão de aparelhos e em um aumento de 43% no faturamento da companhia.
O lucro líquido foi de R$ 387 milhões, 175% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (se desconsiderados os efeitos não recorrentes, o lucro líquido do trimestre é de R$ 108 milhões, com margem de 2,6%). O Ebitda proforma (lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) atingiu R$ 304 milhões, com margem de 7,2%. Nos últimos 12 meses, a posição de caixa líquido do Magalu passou de R$ 1,3 bilhão para R$ 8 bilhão — consequência direta da aquisição da Netshoes. A empresa encerrou o segundo trimestre com uma posição total de caixa de R$ 2 bilhões.
Fonte: NovaPR